Araguaína

Mulher conquista espaço e há um ano trabalha como taxista em Araguaína

Por Mara Santos
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04/03/2016 17h00 - Atualizado há 5 anos
Foto: Marcos Filho/Prefeitura de AraguaínaJá ficou no passado a época em que o lugar das mulheres no trânsito era no banco do passageiro. Elas assumiram o volante e foram além, fizeram do ato de dirigir sua profissão. É o caso da Luciana Tavares Sabino, 31 anos, que há um ano trabalha como taxista em Araguaína. A cidade conta com 272 taxistas formalizados, dentre eles, só duas mulheres, mas Luciana conta que o fato de ser minoria nesse meio não a intimidou. Ela afirma que é respeitada pelos colegas e está realizada com a profissão escolhida. A taxista se diverte ao relatar a surpresa de alguns passageiros ao perceber que serão atendidos por uma taxista e conta também que recebe elogios pela qualidade do serviço prestado, o que funciona como estímulo para continuar. “Nossa! Você é mulher! Que interessante, eu nunca havia visto!”, relatou. O presidente do Sindicato dos Taxistas, Lindomar Costa, afirma que as mulheres são mais atenciosas e dedicadas no trânsito. Para ele, seria bom se mais mulheres quisessem exercer a profissão. Vencendo barreiras Natural de Araguaína, filha de um mototáxi e uma vendedora de cosméticos, Luciana conta que resolveu seguir rumo diferente de sua irmã, que é professora. “Me casei e mudei com o esposo para a Bahia, lá eu me dedicava a obras sociais. Quando me divorciei e retornei para Araguaína, precisava fazer algo para sobreviver. Tinha que arrumar um emprego, então pensei: ‘Sou ótima motorista e por que não ser taxista?’”, lembrou. Cuidados com a beleza Como toda mulher, Luciana não abre mão do cuidado com a beleza. Mesmo se não dá tempo para se maquiar em casa, ela faz mesmo no táxi. “Passo um pó compacto, um batom. Acredito que os clientes vão preferir andar com alguém que está bonita”, pontuou. E são muitos clientes. Luciana conta que já tem aqueles fieis que agendam com antecedência só para andar no seu táxi. E como as mulheres profissionais que ultrapassam as barreiras profissionais, “quando o dia termina, ela tira a roupa e põe todo o seu corpo em baixo das cobertas quentes e sente que começa a sonhar, é quando ela sorri. Assim pra ninguém. Mas pra ela mesma. Ela tem certeza, viver vale a pena” (Clarice Lispector).

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