'Attack Mestre'

Polícia do Tocantins desarticula quadrilha que faz ataques pela internet em todo o Brasil

Ataques interrompiam as conexões de internet de pessoas físicas e jurídicas.

Por Redação 879
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28/08/2020 10h08 - Atualizado há 3 anos
Operação foi deflagrada pelas polícias civis do Tocantins e Goiás

As polícias civis do Tocantins e de Goiás deflagraram na manhã desta sexta-feira (28) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada na prática de extorsões após a utilização de ataques de negação de serviço distribuído, conhecido como DDoS, em desfavor de provedores de conexão de internet.

Ao realizarem o ataque, os investigados interrompiam as conexões de internet banda larga de centenas de milhares de usuários (pessoas físicas e jurídicas) em todos os 26 Estados da Federação e no Distrito Federal.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e Goiás, além de dois mandados de prisão temporária. Um dos presos pela operação denominada de ‘Attack Mestre – DDoS’ é conhecido no mundo do crime pelos Topyari e Darkdante.

O ataque

Conforme apurado pela polícia, os investigados eram detentores de conhecimentos avançados no campo da tecnologia da informação e faziam uso de uma estrutura extremamente complexa, dotada de uma rede com diversos computadores infectados por ‘bots’, popularmente conhecida como ‘zumbis’.

Durante essa interrupção, que afetava até mesmo a prestação de serviços essenciais, havia a extorsão em desfavor dos proprietários provedores para que pagassem valores em criptomoedas para poder ter o serviço reestabelecido.

Para a delegada-chefe da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) da Polícia Civil do Tocantins, Cínthia Paula de Lima, a operação ‘Attack Mestre’ mostra que o crime cibernético não se limita as divisões estaduais.

“São crimes com autores e vítimas com características multilocais. Temos autores em Goiás e São Paulo, bem com vítimas em diversos estados da Federação”, explica.

Nome da operação

A operação recebeu o nome de ‘Attack Mestre – DDoS’ em referência ao modo de controle exercido pelos investigados sobre os pontos que distribuem efetivamente os ataques.

Sabe-se que tecnicamente o ataque conhecido como DDoS tem como principal característica o controle por um ‘mestre’ de vários outros ‘bots’ escravos.

Mandados foram cumpridos em Goiás e São Paulo

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