'Franquia'

Operação mira grupo suspeito de sonegar R$ 1,8 milhão no Tocantins com empresa fantasma

Grupo agia na capital do Tocantins, mas residia em Minas Gerais.

Por Redação 2.550
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14/04/2021 14h18 - Atualizado há 3 anos
Esquema de sonegação fiscal teria sido copiado de outro já desmontado em Minas Gerais

Um grupo que supostamente agia com um esquema de sonegação fiscal em Palmas (TO) foi desmontado pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) na cidade de Unaí, em Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (14).

A ação é resultado da operação ‘Franquia’, que foi deflagrada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT) em conjunto com a Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR).

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinícius Mendes de Oliveira, auditores da Secretaria da Fazenda do Tocantins (Sefaz-TO) identificaram que um grupo de pessoas residentes em Unaí estariam constituindo empresas de fachada em Palmas, denominadas no jargão do fisco de 'noteiras', causando prejuízos de quase R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) aos cofres públicos do Estado.

O delegado explica que, após as investigações terem apontado indícios de crimes contra a ordem tributária, os auditores fizeram uma representação fiscal à Polícia Civil do Tocantins para que fosse investigada a existência de crimes.

INVESTIGAÇÃO

Em seguida, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial e realizou várias diligências, permitindo que o esquema criminoso fosse apurado.

Foi constatado que um empresário, uma contadora e o proprietário de uma transportadora, todos residentes em Unaí, constituíram uma empresa de fachada em Palmas e estariam utilizando notas fiscais falsas para aproveitar créditos tributários em prejuízo ao fisco tocantinense.

OPERAÇÃO

Constatada fraude, a Polícia Civil representou por medida cautelar e, após manifestação favorável do Ministério Público, a justiça expediu 06 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos na cidade de Unaí.

Durante as buscas, foram apreendidos documentos e arquivos que ratificam a participação dos suspeitos nos crimes

O inquérito policial investiga a prática de crime contra a ordem tributária, falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de capitais.  

NOME DA OPERAÇÃO

A operação recebeu o nome de ‘Franquia’ após auditores identificarem que o esquema de sonegação fiscal teria sido copiado de outro já desbaratado em Minas Gerais e reproduzido no Tocantins aos moldes de uma ‘franquia’.

No estado de Minas Gerais, os prejuízos apurados aos cofres públicos chegam a quase R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), desvios descobertos no ano de 2020 pela operação ‘Quem Viver Verá’.

A operação foi realizada por meio da parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda do Tocantins, por intermédio da Delegacia Regional de Fiscalização de Palmas (TO), com apoio das equipes do Núcleo de Crimes Financeiros e da Perícia do Núcleo de Informática do Instituto de Criminalística, órgãos vinculados à Superintendência da Polícia Científica do Tocantins. A operação contou ainda com o apoio do fisco de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.

Na operação, foram mobilizados 22 servidores operacionais, incluindo auditores fiscais do estado do Tocantins e peritos da área de contabilidade e informática.

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