2ª fase

2ª fase da Operação Isis vai mirar fazendeiros beneficiados por esquema no Naturatins

A Polícia Civil também quer saber o montante de dinheiro desviado e como era feita a movimentação financeira para ocultar os valores.

Por Redação 1.724
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22/03/2019 11h33 - Atualizado há 5 anos
Operação Isis deflagrada no Naturatins

A Polícia Civil suspeita que o esquema criminoso existente no Naturatins para retirar multas e liberar licenças ambientais está em atuação desde 2011. A Operação Isis foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (22) para cumprir oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão.

Na segunda fase da operação, conforme a polícia, será apurada a abrangência do esquema criminoso, quantos fazendeiros participavam, qual o montante de dinheiro desviado e como era feita a movimentação financeira para ocultar esse dinheiro.

Segundo a Polícia Civil, servidores do Naturatins estariam utilizando informações privilegiadas do órgão para, através de uma empresa de fachada, oferecer serviços de consultoria ambiental para a obtenção de licenças referentes a fazendas da região.

Segundo o delegado responsável pela operação, Thiago Bustorff, os mandados foram cumpridos nos municípios de Araguatinas, Augustinópolis, Axixá, Buriti do Tocantins e Palmas.

Ao todo, a associação criminosa envolve três funcionários do Naturatins, três sócios da referida empresa e uma pessoa que atuava como intermediador entre a empresa e fazendeiros.

O delegado explicou que a Polícia Civil chegou até os suspeitos a partir da denúncia de que uma funcionária do Naturatins e seu esposo participavam do referido esquema.

Com isso, foi constatado que tal funcionária apresentava um patrimônio incompatível com sua renda, como uma propriedade rural avaliada em R$ 1,8 milhão e mais seis outros imóveis. 

Além disso, conforme Bustorff, também havia contratos feitos pela empresa investigada com prefeituras da região que precisassem de qualquer serviço relacionado ao Naturatins, como o ICMS Ecológico.

Foram apreendidos documentos referentes a essas prefeituras. Eram feitos pagamentos para a empresa e o próprio funcionário público envolvido com o esquema emitia os documentos necessários do Naturatins”, explicou.

As pessoas investigadas podem responder por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, a depender do caso, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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