'Operação Ross'

PF cumpre mandados no Tocantins em operação que investiga Aécio Neves e mais cinco políticos

O grupo teria recebido mais de R$ 100 milhões de propina entre 2014 e 2017.

Por Redação 2.125
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11/12/2018 08h10 - Atualizado há 5 anos
Senador Aécio Neves

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a 'Operação Ross', que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três Senadores da República e três Deputados Federais, entre os anos de 2014 e 2017.

Os senadores investigados são Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). Já os deputados são: Benito da Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).

As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas.

As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.

A ação é um desdobramento da 'Operação Patmos', deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões.

Suspeita-se que os valores eram recebidos  por meio da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.

São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.

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