O grupo teria recebido mais de R$ 100 milhões de propina entre 2014 e 2017.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a 'Operação Ross', que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três Senadores da República e três Deputados Federais, entre os anos de 2014 e 2017.
Os senadores investigados são Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). Já os deputados são: Benito da Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).
As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014.
Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas.
As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.
A ação é um desdobramento da 'Operação Patmos', deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões.
Suspeita-se que os valores eram recebidos por meio da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.