<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> Há algum tempo Eduardo Siqueira tem se empenhado num trabalho para esvaziar as lideranças do PMDB estadual e tê-lo novamente ao lado do que ficou conhecido como ‘UT’ (Bloco da União do Tocantins).<br /> <br /> O trabalho para desarticular o partido não foi muito difícil, até porque fazer oposição requer sangue no olho e muita persistência. Dessa forma, Eduardo conseguiu ir além, rachar o partido. Apenas Marcelo Miranda e Carlos Gaguim, juntamente com seus seguidores, ainda não aderiram ao Palácio Araguaia, muito provavelmente por causa do desgaste que isso traria às suas imagens, levando-se em consideração os embates políticos que já foram travados em outros tempos.<br /> <br /> A prova de que o trabalho [desde o início] de Eduardo Siqueira estava dando certo começou por Araguaína quando Jorge Frederico (PSD) abandonou o PMDB em troca de uma cadeira na Assembleia Legislativa. Após isso, outro crítico ferrenho de Siqueira Campos percebeu que seus ataques e lutas judiciais para arrancar o mandato de Jorge não chegaria a lugar algum. Foi ai que Ricardo Ayres, fiel escudeiro de Marcelo Miranda, também foi para a base governista.<br /> <br /> Outra conquista importantíssima do atual governo é que o bloco de oposição na Assembleia Legislativa despencou de 15 para apenas 8 parlamentares. Outro dado ainda mais importante é que dos seis deputados estaduais eleitos pelo PMDB em 2010, apenas Josi Nunes e Eli Borges se mantém na oposição. Enquanto Sandoval Cardoso, Vilmar do Detran, Iderval Silva e José Augusto Pugliesi não resistiram à tentação do Siquerido.<br /> <br /> Por fim, e não menos importante, Eduardo Siqueira também conquistou o chefe do PMDB no Estado, o deputado Federal Junior Coimbra, causando assim uma ruptura de vez no partido. Dessa forma, o que era antes apenas especulação, agora é fato: O PMDB deixou as desavenças e virou governista.<br /> <br /> <u><strong>Reforma administrativa</strong></u><br /> <br /> Mesmo com todas essas adesões ainda faltava o último detalhe para concretizar a “parceria” entre PMDB e Governo: o partido almejava tomar posse de alguns cargos e secretarias no Estado. No entanto, o fechamento dessa parceria ficou mesmo só na expectativa. Fato é que Siqueira Campos promoveu aquilo que denominou de “reforma administrativa” e o PMDB permaneceu fora.<br /> <br /> <strong><u>Araguaína e Palmas</u></strong><br /> <br /> Nas duas maiores cidades do Estado, os candidatos governistas nas eleições 2012 tiveram como vice, candidatos do PMDB. Em Araguaína, Elenil da Penha (PMDB) abriu mão de ser candidato a prefeito e compôs com Ronaldo Dimas (PR), mas teve que renunciar no apagar das luzes por problemas com a Justiça. No entanto, teve o privilégio de indicar seu ex-assessor Fraduneis Fiomare para a vaga.<br /> <br /> Com a vitória de Dimas, o partido foi o que ganhou mais espaço no governo municipal: ficou com duas secretárias, além do vice-prefeito.<br /> <br /> Uma delas é a importante pasta da Habitação, comandada pelo próprio Elenil, e a outra é a Secretaria de Governo, que está com o ex-vereador Gideon Soares. Há ainda vários peemedebistas ocupando cargos de confiança no governo. No Legislativo araguainense, dois candidatos saíram vitoriosos (Geraldo Silva, ligado também a Elenil da Penha, e Ferreirinha, apoiado por Jorge Frederico).<br /> <br /> Com tanto espaço, lideranças do PMDB evitam inclusive comentar sobre o pleito eleitoral de 2014 e falar em questões como “oposição” futura aos governos [estadual e municipal], ou até mesmo relembrar o nome de Marcelo Miranda como candidato ao Palácio Araguaia.<br /> <br /> Por fim, acredito que todo esse trabalho de conquista tem o seu propósito: o de tonar Eduardo Siqueira Campos governador [de direito] do Estado do Tocantins, pois de fato já é.</span></div>