Polícia Federal investiga esquema envolvendo empresa de fachada que desviou R$ 3 milhões em Piraquê
Por Redação AF
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31/08/2016 10h58 - Atualizado há 6 anos
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) uma operação que investiga a utilização de empresas de fachada para desviar recursos públicos da ordem de R$ 3 milhões na Prefeitura de Piraquê, entre 2012 e 2015. O suposto esquema já havia sido denunciado pelo AF Notícias, em dezembro do ano passado, em reportagem mostrando que um motorista do Hospital Regional de Araguaína aparecia como dono da empresa I.S Mendes, que faturou mais de R$ 1,6 milhão da prefeitura. Pelo menos 20 contratos para execução de obras e prestação de serviços foram realizados mediante fraude em licitação. A empresa também seria de fachada. Foram cumpridos oito mandados de condução coercitiva e busca e apreensão estão sendo cumpridos em Araguaína e Piraquê. Um dos alvos foi o ex-prefeito João Batista Nepomuceno Sobrinho, o João Goiano. Cerca de 20 policiais participam da operação. A polícia verificou a existência de um esquema criminoso que desviava recursos públicos, inclusive federais, através de uma empresa de fachada do cunhado do ex-secretário de Controle Interno, que é motorista do Hospital em Araguaína. Segundo a PF, o esquema também contou com a participação do ex-prefeito João Goiano e de um ex-secretário de Finanças. A investigação verificou que a empresa era contratada mediante fraude em licitação pela Prefeitura de Piraquê para a realização de diversas obras. Contudo, os serviços eram executados pelos próprios servidores do município e o dinheiro desviado. Ainda conforme a polícia, o esquema começou em 2012, quando a empresa fantasma foi criada, até o final de 2015, quando João Goiano foi cassado pela Justiça Federal. O gestor perdeu o mandato por cometer atos de improbidade administrativa após desvios de recursos da merenda escolar entre 2000 e 2004.