O pedido de prisão preventiva - sem prazo - foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), 63, foi preso por volta das 6h desta quinta-feira (29) em operação da Polícia Federal dentro do Palácio das Laranjeiras, sede do governo fluminense.
O mandado foi expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a relatoria do ministro Félix Fischer, em nova fase da Operação Lava Jato. Pezão chegou à sede da PF na capital fluminense às 7h50.
O pedido de prisão preventiva - sem prazo - foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. De acordo com as investigações, "o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para a corrupção e lavagem de dinheiro".
O governador foi alvo de um dos nove mandados de prisão preventiva. A PF também cumpriu outros 30 de busca e apreensão dentro da operação "Boca de Lobo" no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Pezão teria recebido mais de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). O valor - que, corrigido pela inflação, passa de R$ 39 milhões - seria incompatível com o patrimônio declarado pelo governador à Receita.
A PGR pediu o sequestro de R$ 39 milhões de bens de Pezão. Para a PGR, solto, "Pezão poderia dificultar ainda mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido em decorrência da prática criminosa"
Pezão é o quarto governador do Rio de Janeiro preso e o primeiro em cumprimento do mandato --Cabral e o casal Anthony e Rosinha Garotinho são os outros três. Também foram detidos, anteriormente, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (MDB), e vários parlamentares da Casa.
Fonte: UOL Notícias