Segundo os servidores, a Secretaria estaria fazendo perseguições com sindicâncias.
Agentes da Polícia Penal do Tocantins fizeram um buzinaço nas proximidades do Palácio Araguaia, da Assembleia Legislativa e da Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), na manhã desta quarta-feira (8), para declarar o início da operação batizada de 'Legalidade e Segurança II'.
Conforme os agentes, a operação consiste na suspensão de serviços que colocam em risco a segurança dos policiais penais ou que manifestam qualquer ilegalidade. Os servidores cobram também a aprovação do Estatuto da categoria e criticam perseguições, já que muitos agentes estão respondendo a sindicâncias administrativas.
"Se o secretário quer calar a boca do Sistema Penitenciário, então pague nossos direitos. O nosso Estatuto já ficou pronto duas vezes, mas esse secretário não tem compromisso e não respeita o Sistema Penitenciário. Se respeitasse nós não estaríamos aqui no sol quente lutando por nossos direitos. Estamos sendo coagidos, amedrontados, mas sindicância não intimida quem tem a vida limpa. É uma tentativa pífia de nos intimidar", desabafou um servidor.
O movimento também criticou a falta de efetivo nas unidades prisionais e de materiais de trabalho. O titular da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) é o advogado Heber Fidelis.
"Não estamos pedindo aumento, estamos apenas pedindo aquilo que a lei garante e o Estado nos deve. Então pague-nos, secretário, pague-nos, Carlesse. A recente lei que proíbe reajustes salariais não retroage a diretos adquiridos, então chega de desculpas", disse o servidor Jenaldo Taveiro.
O presidente da Associação dos Profissionais do Sistema do Sistema Penitenciário do Tocantins (Prosispen/TO) orientou os servidores a não cometerem nenhuma ilegalidade. "Não devemos fazer nada ilegal, nem para favorecer o Estado, nem para prejudicar. Se a lei diz que para cobrar uniformes, tem que fornecer uniformes, então não usaremos, porque o Estado não nos deu", orientou.
"A equipe de Procedimentos Administrativos é muito competente, ela deveria trabalhar nos direitos trabalhistas com a mesma competência. Essa está se tornando uma gestão de perseguição aos servidores, não de reconhecimento de direitos como deveria ser", desabafou um servidor Willian Borges, ao dizer que a Cidadania e Justiça não pode ser a secretaria da injustiça e da perseguição.
Segundo os Policiais Penais, a operação Legalidade e Segurança II permanecerá nas unidades penais do Estado até que o Governo pague os direitos trabalhistas devidos aos agentes.
VÍDEO DO BUZINAÇO