Marcha

Parlamentares do Tocantins ignoram convite para audiência com mulheres indígenas em Brasília

Em razão disso, propostas devem ser entregues diretamente nos gabinetes.

Por Redação
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13/09/2023 15h09 - Atualizado há 7 meses
Audiência aconteceu sem a presença de parlamentares

A audiência pública para discutir propostas com parlamentares tocantinenses em Brasília (DF) foi parte da programação de terça-feira (12) na III Marcha das Mulheres Indígenas, pela delegação do Tocantins. Porém, nenhum parlamentar do estado compareceu à tenda das tocantinenses na hora do evento ou enviou justificativa, embora tenham sido enviados convites a todos por e-mail.   

O objetivo de entregar o Caderno do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária do Ano de 2024, que ocorreria na audiência, deve se concretizar nesta quarta-feira (13), quando um grupo de mulheres irá ao Congresso protocolar os documentos. A senadora Dorinha Seabra se comprometeu em receber as tocantinenses ainda nesta quarta.

Propostas

O documento reúne propostas como recursos para a construção da Universidade Indígena Decolonial Unikrahô; implantação do "Programa Quintais Produtivos", nas aldeias indígenas do Estado e do programa "Economia Solidária Indígena", para aquisição de máquinas de costura; fomento dos empreendimentos solidários indígenas; bancos comunitários; feiras de artesanato indígenas e outras ações para geração de renda nas aldeias.

A reivindicação das Mulheres Indígenas do Tocantins é também pela criação do Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (FPAI); uma sugestão de minuta de lei para a criação do fundo também será apresentada à bancada parlamentar do Tocantins. A proposta é inspirada no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Diálogos, caminhada e show de encerramento  

Na agenda desta quarta-feira, a programação contou com roda de conversa “Projetos de Universidades Indígenas Decoloniais UniKrahô”, na Tenda das Mulheres do Tocantins, no gramado do Centro Cultural Funarte.

Na programação geral do evento, a manhã foi dedicada à caminhada das mulheres em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais, tema do evento deste ano. A concentração contou com a participação de lideranças como a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.       

Às 14 horas estava previsto diálogo com as ministras sobre a carta entregue na pré-marcha: “Vozes da Ancestralidade dos 6 biomas do Brasil”, em janeiro; às 16 horas, haverá leitura do documento final das originárias e às 18 horas, show de encerramento com as artistas indígenas mulheres e convidadas, com o tema “A cura do mundo somos nós”.

Fogueira sagrada e rodas de conversa  

No segundo dia de evento, nessa terça-feira (12), foram realizadas rodas de conversa sobre Economia Solidária e o Programa Quintais Produtivos nas Aldeias Indígenas. A programação do dia encerrou com Fogueira Sagrada, onde teve danças, cânticos e rezas, e as mulheres puderam compartilhar conhecimentos e experiências.     

Audiência aconteceu sem a presença de parlamentares

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