O prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, decretou situação de emergência climática no município em virtude das ‘excessivas e ininterruptas chuvas acima dos índices esperados’.

Porto Nacional é o 4º maior município do Tocantins em quantidade de habitantes e fica na região central do Estado.

O decreto afirma que as chuvas vêm prejudicando a colheita da soja da safra 2020/2021, mas não faz menção a inundações de ruas ou residências.

Em pesquisa realizada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (APROSOJA) no mês de março, conforme o documento, observa-se que a colheita da safra de soja encontra-se com apenas 38,5% do total das áreas plantadas na média, e dessa área colhida, a média de avaria e umidade de grãos gira em torno de 33,2%;

Com as chuvas intensas, o decreto cita que houve um acúmulo de precipitação, segundo a Divisão de Meteorologia da Secretaria da Agricultura do Tocantins, somando mais de 1.000 milímetros, o que prejudicou a colheita da soja.

O documento também afirma que o excesso de chuva ocasionou um aumento significativo nos custos de produção desta safra em razão da alta nos preços dos insumos agrícolas, principalmente nos produtos químicos, devido à alta do dólar e a situação gerada pela covid-19.

Com o decreto, todos os órgãos municipais estão autorizados a empregarem esforços no sentido de apoiar ações de enfrentamento à situação de emergência hídrica.

Já a Secretaria Municipal de Produção, de forma específica, pode tomar as medidas cabíveis e necessárias para auxiliar os produtores rurais e minimizar as consequências do excesso de chuva.

O decreto entrou em vigor nesta quinta-feira (15), data em que foi publicado no Diário Oficial do Município, mas retroage seus efeitos ao dia 18 de março e tem vigência de 90 dias. Ele está disponível aqui.