Com preços altos

Petrobras descarta tabelamento de preços; caminhoneiros ameaçam greve em novembro

Bolsonaro tem “vontade” de privatizar a estatal.

Por Jornal do Brasil 1.149
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18/10/2021 11h51 - Atualizado há 2 anos
Em setembro houve bloqueio de rodovias, incluindo no Tocantins, mas por questões políticas.

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou neste domingo (17) que a empresa não vai aceitar intervenção, que o "tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências" e que a decisão sobre privatizar ou não a Petrobras cabe ao governo federal.

"O que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por 'canetadas' [...]. O fortalecimento do dólar em âmbito global e, em especial, no Brasil, tem alavancado os preços das commodities e incrementado a inflação. Mas essas incômodas verdades não parecem muito apelativas", disse Silva e Luna ao portal UOL.

Em 2021, a Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50%. Enquanto isso, o dólar se valorizou quase 30% em 2020 e já subiu outros 5% este ano.

Na quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que "não pode direcionar melhor" os preços e que tem "vontade" de privatizar a Petrobras: "Se tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe da economia o que a gente pode fazer", comentou o presidente.

Sobre a possibilidade de congelar o preço da gasolina, o presidente da Petrobras afirma que já foi tentado anteriormente e sempre se mostrou um equívoco.

O Brasil já tentou medidas heterodoxas em outros momentos, sempre sem sucesso: "Tabelar preços sempre trouxe as piores consequências econômicas para qualquer país que o faça. E ninguém imagina cometer erros velhos", declarou.

GREVE DOS CAMINHOHEIROS

No sábado (16), lideranças de caminhoneiros de todo o país se reuniram no Rio de Janeiro e decidiram que, caso o preço do diesel não caia em até 15 dias, a categoria vai entrar em greve a partir de 1º de novembro.

Os caminhoneiros reivindicam ainda a volta da aposentadoria especial, concedida após 25 anos de contribuições previdenciárias, a tabela de frete, um "piso mínimo", entre outras. 

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