De Figueirópolis

Professor do Tocantins vence prêmio nacional com projeto sobre esportes

O objetivo do prêmio é reconhecer o trabalho dos professores que contribuem para a qualidade da educação básica.

Por Redação 805
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18/10/2018 10h35 - Atualizado há 5 anos
Weliton de Freitas Silva

Um projeto para diversificar as experiências esportivas dos estudantes do Colégio Estadual Cândido Figueira, em Figueirópolis, rendeu ao educador físico Weliton de Freitas Silva, o título de vencedor do 11º Prêmio Professores do Brasil.

Ele e outros quatro profissionais do Ceará, Pará, Mato Grosso e Piauí, formam os campeões nacionais na categoria temática especial “Esporte como Estratégia de Aprendizagem”.

O objetivo do prêmio é reconhecer e dar visibilidade ao trabalho dos professores das redes públicas que, no exercício da atividade docente, contribuem de forma relevante para a qualidade da Educação Básica no Brasil.

Além das temáticas especiais são premiados professores de ouras seis categorias: creche e pré-escola, na educação infantil; ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano) e 4º e 5º ano dos anos iniciais do ensino fundamental; 6º ao 9º ano dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

Weliton é servidor efetivo da rede estadual desde 2011 e neste ano completa 11 anos como professor. Ele foi o único representante tocantinense premiado na edição 2018.

Emocionado com a vitória, ele revelou que a notícia foi recebida no Dia do Professor. “Foi um presente maravilhoso. Alcançar esse reconhecimento nacional não era a pretensão do projeto, mas é realmente muito gratificante”, disse.

Para ele, a premiação vai além da valorização profissional. “Tenho hoje ainda mais convicção que é na sala de aula que a gente contribui para formar um cidadão crítico, consciente e capaz de lutar por seus ideais. Ver a mudança acontecer e aquelas sementinhas plantadas lá atrás germinando, crescendo e dando frutos é realmente o que nos motiva a continuar”, enfatizou.

O projeto vencedor

A motivação para o projeto “O Brasil não é somente o País do Futebol, como uma grande maioria prega por ai!” surgiu durante as aulas práticas de educação física, quando parte dos alunos queria jogar somente futebol , enquanto outros não tinham interesse pela modalidade.

Além de ser repetitivo, os alunos que não queriam jogar ficavam embaixo de um pé de manga próximo às salas de aula, e muitos rabiscavam seus nomes nas paredes dos muros. As meninas também não se identificavam com o futebol”, contou Weliton.

Foi aí que ele resolveu incluir nas aulas práticas e teóricas, outras modalidades. Em apenas um ano, o professor introduziu o atletismo, badminton, basquete, handebol, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

Além de apresentar novos esportes, Weliton passou a trabalhar com os estudantes a conscientização voltada para a preservação do patrimônio público. “Procurei desenvolver meu trabalho de forma contextualizada, atrativa e ao mesmo tempo conscientizar os alunos sobre a importância de se envolverem na busca por melhorias dentro do Colégio e de conservar o que já dispõem”, relatou.

Inclusão e conservação do patrimônio público

Segundo ele, o resultado superou as expectativas. “Os alunos aprenderam sobre novos esportes, incluímos as meninas nas competições e elas passaram a ter mais consciência sobre a importância do esporte para o bem estar físico e metal. Elas também auxiliaram na demarcação das linhas e na manutenção das quadras”, relatou.

Vendo a empolgação dos jovens, o professor decidiu então promover um torneio interclasse no município. Com a ajuda dos colegas professores para arbitragem e de outros parceiros, a competição foi um sucesso com direito à distribuição de medalhas, sorteio de brindes e torcida organizada.

Se para o mestre o projeto valeu à pena, para os aprendizes, os ganhos foram ainda maiores, tendo inclusive conseguido vaga na disputa dos Jogos Escolares do Tocantins (Jets).

“Lembro como se fosse hoje o professor explicado, na primeira aula, a diferença de futebol para futsal. Com a chegada dele, a escola mudou muito e as aulas de educação física principalmente, pois estávamos todos acostumados mais com o futebol.  Agora vou representar minha cidade nos Jets, em Palmas, no lançamento de disco, uma modalidade que nunca passou pela minha cabeça gostar e praticar. Aprendemos muito com o professor Weliton”, afirmou o estudante João Victor, de 14 anos.

 

O professor e seus alunos

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