Educação

Professores de Guaraí anunciam greve geral e criticam falta de diálogo da prefeita

A categoria disse que já tentou acordo com a prefeitura, mas nada foi resolvido.

Por Redação 771
Comentários (0)

24/04/2019 11h04 - Atualizado há 4 anos
Professores na Câmara de guaraí

Os professore da rede municipal de ensino de Guaraí, região central do Tocantins, anunciaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de maio. A decisão da categoria foi tomada nesta terça-feira (23) em assembleia geral realizada na Câmara Municipal.

Segundo o Sindicato do Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), os profissionais reivindicam o cumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério, manutenção do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e ainda cobram o pagamento de retroativos da data-base pendentes referente ao ano de 2017.

Os educadores lutam há mais de dois anos sem qualquer acordo ou avanço com a gestão municipal sobre a pauta de negociações da educação”, afirmou o sindicato. A data-base 2019, com índice de 2,37%, também foi incluída na pauta de reivindicações, visto que ela deve ser aplicada no próximo mês de maio.

Segundo a presidente do Sintet Regional de Guaraí, Iolanda Bastos, a decisão pela greve é o último recurso que a classe tem para tentar forçar uma negociação. “Nós já tentamos de todas as formas negociar, mas nossas reivindicações não são atendidas e se quer fomos chamados para discutir a correção da data-base 2019. Infelizmente nos resta apenas a greve geral”, disse.

A prefeita de Guaraí é Lires Ferneda.

GREVE EM RIACHINHO

Em Riachinho, norte do Estado, os servidores da educação estão em greve há duas semanas e cerca de 600 alunos estão sem aulas na rede municipal.

Sem negociação, a greve continua por tempo indeterminado.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE GUARAÍ

"Em resposta a esse conceituado veículo de comunicação e em respeito aos servidores municipais, principalmente da educação, comunidade escolar e a população, a Prefeitura de Guaraí vem a público esclarecer alguns pontos referentes ao anúncio da paralisação feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins:

A gestão municipal de Guaraí sempre se manteve aberta e receptiva ao sindicato e seus representantes para a discussão das reivindicações da categoria. Inúmeras reuniões foram feitas, conforme registros oficiais, com participação de secretários e da própria chefe do Executivo municipal.

Partindo deste princípio, a gestão ressalta que os argumentos que embasam o movimento de paralisação não se justificam em razão de que todos os pontos da pauta do sindicato já terem sido atendidos pela gestão.

A Prefeitura refuta veementemente a alegação de atraso no pagamento do retroativo da data-base da categoria (referente a 2017), como aponta o sindicato. A Prefeitura estabelece a verdade dos fatos ao comprovar que a quitação foi feita, conforme a Lei Complementar número 022/2018, de 25 de maio de 2018, em anexo (clique aqui e confira a lei). Nessa oportunidade, a Prefeitura concedeu reajuste de 4,88% estipulado pela referida lei, compreendendo o período de 2017 até maio de 2018, quando houve a unificação de todas as datas-bases do funcionalismo.

Já em relação ao cumprimento do piso salarial do magistério que, conforme o sindicato divulgou equivocadamente, não seria respeitado pelo município, a Prefeitura de Guaraí lamenta a iniciativa do sindicato de propagar inverdades e ratifica que a gestão cumpre integralmente a lei, ou seja, todos os professores da rede municipal em início de carreira recebem o piso regulamentado por lei, que é de R$ 2.557,73, informação que pode ser comprovada no Portal da Transparência do município (http://guarai.to.gov.br/portal/).

A respeito do cumprimento do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações), a Prefeitura de Guaraí informa que tem honrado com o compromisso dentro da visão legal, sem prejuízo ao funcionalismo. Prova disto, são os pagamentos de direitos como progressões, licenças e demais benefícios que constam no plano e obedecem, rigorosamente, a lei.

E sobre a data-base de 2019, a Prefeitura de Guaraí esclarece que o Projeto de Lei Complementar já foi encaminhado para a Câmara de Vereadores, garantindo o direito aos servidores. O projeto prevê pagamento de 2,37% aos profissionais da educação referente ao período de 1° de junho a 31 de dezembro de 2018, com base nos índices de variação do IPCA. Vale ressaltar que o período anterior, ou seja, de janeiro a maio de 2018, já foi pago aos servidores, conforme a Lei Complementar número 022/2018, de 25 de maio de 2018, em seu artigo 4° , no parágrafo 2°, que diz que “excepcionalmente, a concessão de que trata este artigo unifica e engloba revisão geral das remunerações e subsídios dos servidores públicos do Poder Executivo do Município relativamente a todos os períodos aquisitivos devidos até a data de 31 de maio de 2018, sendo que a revisão vincenda em 1° de maio de 2019 levará em conta perdas inflacionárias acumuladas do período compreendido entre 1° de junho a 31 de dezembro de 2018”.

Por fim, a Prefeitura de Guaraí volta a lamentar a iniciativa do sindicato em oficializar a paralisação, apesar de todos os compromissos da gestão com o funcionalismo terem sido cumpridos e que as reivindicações divulgadas pelos representantes da categoria não terem laços com a verdade. A gestão municipal conclama o sindicato a ter bom senso para rever a decisão e evitar transtornos aos mais de 2.500 alunos, aos pais e próprios servidores. E reafirma estar aberta ao diálogo para a continuidade de debates e discussão sobre a relação com o funcionalismo, bem como melhorias ao sistema de ensino da rede municipal.

Prefeitura Municipal de Guaraí"

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.