Os sindicatos defendem que a reposição de dados deve ser feitas mediante pagamento de hora extra.
A notícia de que os professores da rede estadualdo Tocantins terão que inserir novamente todos os dados de milhares de estudantes no Sistema de Gerenciamento Educacional (SGE) deixou os docentes revoltados e também não agradou sindicatos da categoria.
Os dados armazenados desde o mês de junho foram perdidos devido a uma falha no sistema.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) defendeu que os professores recebam hora extra para refazer todo o trabalho. Conforme o sindicato, já há relatos de profissionais que estão sendo coagidos para reinserir os dados no sistema.
O Sintet lembrou que os professores não dispõem de tempo suficiente, já que estão finalizando os trabalhos do último bimestre e, com a reposição dos dados perdidos, haveria uma sobrecarga de trabalho.
“Somos contrários os professores refazerem o trabalho árduo, que já perderam horas de sono, preenchendo diários, notas e planos de aula. A responsabilidade do serviço prestado é da gestão, é da secretária de educação, da superintendência de tecnologias, dos diretores de escolas”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.
Por sua vez, o Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Tocantins (Sinpef) afirmou que também recebeu relatos de professores que estariam sendo pressionados para repor os dados no SGE.
“Preliminarmente, o sindicato orienta os professores que as atualizações devem ser feitas se houver disponibilidade de tempo antes do recesso, e que jamais poderá afetar o período de descanso já programado. Qualquer tipo de trabalho extra deve ser auferido mediante pagamento de horas extras e mediante comum acordo com o professor”, afirmou.
NOTAS NA ÍNTEGRA
SINTET
"O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) se posiciona contra os professores refazer o trabalho de inserção de dados no Sistema de Gerenciamento Educacional (SGE), da Secretaria Estadual de Educação do Tocantins.
Segundo comunicou a Seduc, através de um memorando encaminhado às Diretorias Regionais de Educação (DRE), nesta terça-feira, 4, um problema técnico no Data Center ocasionado pelas fortes chuvas nos últimos dias corrompeu o banco de dados provocando perda parcial de informações, como notas, planejamentos e outros.
Alguns professores da rede estadual já estão sendo pressionados a refazer a inserção dos dados perdidos, tem caso em que o professor perdeu todo o trabalho inserido no SGE desde o último mês de maio, outros a partir de agosto, são vários os relatos. Com o fim do ano letivo os professores estariam finalizando os trabalhos do quarto bimestre, com a reposição dos dados perdidos estes professores teriam sobrecarga de trabalho, também é evidente que os profissionais não dispõem de tempo suficiente para refazer o trabalho perdido.
“Somos contrários os professores refazerem o trabalho árduo, que já perderam horas de sono, preenchendo diários, notas e planos de aula. A responsabilidade do serviço prestado é da gestão, é a secretária de educação, da superintendência de tecnologias, os diretores de escolas, se precisar refazer que outro grupo refaça, menos os professores, este é o posicionamento do Sintet junto à Seduc. Somos contrários os professores refazerem os trabalhos por que eles não vão receber, a menos que eles recebam para refazer o trabalho”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.
O Sintet participa de reunião com a Seduc, às 14 horas, desta quarta, 5, para tratar do assunto".
SINPEF
"Professores denunciaram ao Sindicato dos Profissionais em Educação Física no Tocantins, que estariam sofrendo pressão para atualização do SGE com notas, conteúdos e frequências desde junho.
A Secretaria Estadual de Educação Juventude e Esportes - SEDUC alega problemas com o banco de dados que teria sido corrompido perdendo todos os dados ja cadastrados pelos Professores.
Preliminarmente o Sindicato orienta os Professores que, as atualizações devem ser feitas se houver disponibilidade de tempo antes do recesso, e que jamais poderá afetar o período de descanso já programado, qualquer tipo de trabalho extra deve ser auferido mediante pagamento de horas extras e mediante comum acordo com o Professor.
O Sindicato busca junto a SEDUC uma resolução para o caso e que seja menos prejudicial aos Professores".
PALMAS, 04/12/2018.