Rio Caiapó

Proibição de pesca em afluente do Rio Araguaia será prorrogada e entra no 4º ano consecutivo

O órgão ambiental vai avaliar a possibilidade de liberar a pesca esportiva.

Por Redação 5.496
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10/03/2020 09h20 - Atualizado há 4 anos
Rio Caiapó deságua no Araguaia

O Naturatins anunciou que vai prorrogar por um ano a suspensão de pesca no trecho do Rio Caiapó que vai da ponte na TO-442, entre Araguacema e Caseara, até o encontro com o Rio Araguaia. 

A portaria n° 124, que proibiu a pesca no trecho nos últimos três anos, vence no próximo 10 de abril. O objetivo da proibição é garantir o repovoamento de peixes na região, uma vez que o local é considerado um importante berçário para várias espécies.

A decisão de manter a suspensão da pesca foi tomada no dia 6 de março após apresentação dos dados de produção da pesca referentes ao ano de 2019, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A apresentação mostrou dados de produção mensal de peixes, espécies capturadas e a renda que a pesca gerou nos municípios da região no ano passado.

O Propesca é um projeto da Embrapa e no Tocantins é coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura.  O pesquisador Adriano Prysthon explica que o ano de 2019 foi de coleta de informações e que o objetivo é proporcionar a possibilidade da comunidade enxergar a importância da pesca do ponto de vista produtivo, comercial, ambiental e da segurança alimentar. 

Durante reunião em Araguacema, os pescadores solicitaram que o Naturatins prorrogue a proibição da pesca, inclusive na modalidade amadora, prevista na Cota Zero (pescar e comer no local até 5 kg de peixe). Mas, para garantir a sustentabilidade econômica das comunidades abrangidas pela proibição, eles querem a liberação da pesca esportiva (pesque e solte), como forma de alavancar as atividades turísticas da região.

O presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque, informou que o órgão vai prorrogar por mais um ano a suspensão da pesca naquele trecho do Rio Caiapó. Quanto ao pedido de liberação da pesca esportiva, Albuquerque compreende que a atividade pode ser uma alternativa interessante, que protege os peixes e ao mesmo tempo gera renda para os pescadores.

O gestor disse também que não vê impedimento aparente, desde que a atividade seja feita com o acompanhamento de guias devidamente licenciados pelo órgão ambiental. “Entretanto, a decisão final sobre a questão deverá ser tomada após análise de informações técnicas, que embasaram a nova portaria”, contemporiza.

Albuquerque lembra que a portaria do Acordo de Pesca visa garantir o aumento da população das espécies locais, bem como a sobrevivência de famílias de pescadores que têm nesta atividade o único meio de adquirir renda.

Como o objetivo principal é construir estratégias e alternativas para solucionar a escassez do pescado na região que compreende as colônias de pescadores artesanais do referido trecho do Rio Caipó, o presidente pretende reunir a equipe técnica do Instituto e avaliar s possibilidade de regular a pesca esportiva no trecho em questão.

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