Palmas

Promotora cogita pedir interdição da maior maternidade pública do Tocantins por falhas graves

Terceiro andar está sem sinalização, extintores de incêndio ou qualquer outro equipamento auxiliar.

Por Redação 1.422
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11/02/2020 16h36 - Atualizado há 4 anos
Vistoria na maternidade

Em vistoria realizada nesta terça-feira (11) no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) vistoriou as instalações e conferiu os sistemas e equipamentos de segurança da principal maternidade da capital. Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar também acompanharam a fiscalização.

A ação é uma iniciativa da 23ª Promotoria de Justiça da Capital, que tem como titular a promotora Kátia Chaves Gallieta, com atuação na defesa da ordem urbanística.

A vistoria contou com o apoio dos dois promotores de saúde pública da capital: Thiago Ribeiro e Araína Cesárea D'Alessandro. A equipe de técnicos do Centro de Apoio de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma) também acompanharam a fiscalização.

Nós encontramos uma situação muito preocupante, principalmente no terceiro andar, que abriga os 20 leitos de UTI neonatal. Neste pavimento não há sinalização, extintores de incêndio ou qualquer outro equipamento que possam auxiliar na proteção das crianças e dos funcionários em caso de um incêndio”, comentou Kátia Gallieta.

Dentre as principais irregularidades verificadas estão ausência de extintores em diversos pontos, unidade de gás sem ventilação e com duto de esgoto aberto, contêineres com prontuários em papel ao lado da unidade de gás, elevador sem saída de emergência, corrimão irregular nas rampas de acesso aos pisos superiores.

De acordo com relato dos representantes do Corpo de Bombeiros, o piso superior é o setor com maior risco em caso de desastre. O pavimento abriga a UCI e UTI pediátrica e possui corredores estreitos, com pouca ventilação e sem extintores no momento da fiscalização.

Acompanharam a vistoria o tenente-coronel Thiago Franco, do Corpo de Bombeiros, o major Benvindo e o capitão Nogueira, da Diretoria de Serviços Técnicos. “Hoje os sistemas do prédio estão todos defasados. Não há qualquer sistema que esteja 100% concluso, nem os básicos para auxiliar na saída em casos de emergência, nem aqueles para ajudar no combate a incêndio. Tal situação é complexa e coloca em risco as pessoas que estão dentro do hospital”, informou o tenente-coronel Franco.

Diante do quadro encontrado, os promotores de Justiça solicitarão uma reunião com o secretário de Estado da Saúde para a próxima quinta-feira (13) a fim de buscar uma solução para as irregularidades.

Caso não encontremos uma saída prática e rápida para garantir a segurança de pais, recém-nascidos e os próprios profissionais que trabalham no Dona Regina, não descartamos a possibilidade de pedir a interdição da unidade de saúde”, finalizou Kátia Gallieta. 

Corpo de Bombeiros também esteve presente

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