Os autores da ação detalham que tentaram cobrar várias vezes de Irajá, mas não tiveram sucesso.
A assessoria do PSB, partido do candidato a governador Carlos Amastha, divulgou à imprensa que o deputado federal e candidato a senador Irajá Silvestre Filho (PSD), o Irajá Abreu, está sendo cobrado na Justiça por um calote de quase R$ 5 milhões.
A ação, de número 0000013-19.2017.827.2736, tramita na 1ª Escrivania Cível da Comarca de Ponte Alta do Tocantins e é movida por Idoli Prante e Germano Rudi Prante.
Eles cobram a execução de título de R$ 4.896.871,71, referente à parte da venda de empresas rurais e fazendas que Irajá, segundo a ação, não pagou. O contrato foi firmado em 2008 e, depois de muito tempo tentando receber a quantia que estaria sendo devida pelo deputado, Idoli e Germano ingressaram com a ação na Justiça em 2017.
Os nomes dos imóveis rurais do contrato são: Ponte Alta Agroindústria da Mandioca; Macaxeira Agroindustrial; Vínicola da Ponta e Agriman Ltda.
"Do total ora entabulado entre as partes, foram pagos R$ 791.590,00 (setecentos e noventa e um mil, quinhentos e noventa reais), restando como saldo a receber o importe de R$ 2.123.159,30 (dois milhões, cento e vinte um três, cento e cinquenta e nove reais e trinte centavos)”, diz a ação.
Esse valor de mais de R$ 2,1 milhões é o que está sendo cobrado, acrescido de multas, juros e correção monetária.
COBRANÇAS SEM SUCESSO
Os autores da ação detalham que tentaram cobrar várias vezes de Irajá, mas não tiveram sucesso. “Várias foram as tentativas de receber o montante, porém até a presente data, o executado não se prontificou a realizar o acerto vencido nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013. Tal retrospectiva se faz necessário para que torne cristalina o pleito dos Exequentes e para que não haja dúvidas perante este Juízo!”, diz outro trecho da ação.
O OUTRO LADO
Em nota, a assessoria de Irajá Abreu afirmou que o processo diz respeito à execução de contrato de compra e venda para a qual foi apresentada defesa e que aguarda pronunciamento do judiciário tocantinense.
"Não existe nenhuma decisão judicial condenatória, o que significa, em outras palavras, que não há calote", afirmou.
A nota ainda acrescenta que o deputado acredita na idoneidade da justiça tocantinense e aguarda o andamento do processo no judiciário. "O Tocantins tem passado por conturbações políticas nos últimos tempos e a imprensa tem um papel fundamental no restabelecimento da ordem democrática, não apenas investigando, mas também dando voz a todas as partes", finalizou.