Operação Flak

Quadrilha investigada no Tocantins distribuía drogas para Europa, África e Américas

Segundo as investigações, nove toneladas de drogas foram traficadas entre meados de 2017 e 2018.

Por Redação 1.900
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21/02/2019 11h18 - Atualizado há 5 anos
Operação da PF

A Operação Flak deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (21) é a maior já realizada no Brasil para combater a logística do tráfico internacional de drogas, segundo a assessoria da Justiça Federal do Tocantins.

O grupo era complexo, possuía detalhada divisão de tarefas e teria transportado mais de 9 toneladas de cocaína entre países da América do Sul, Estados Unidos, Europa e África no intervalo de dois anos. 

A 4ª Vara Federal de Palmas autorizou mais de 130 mandados judiciais de prisão, busca e apreensão, além da apreensão de 47 aeronaves no Tocantins, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Roraima, Pará, Ceará e Goiás.

A investigação apontou que, no período compreendido entre meados de 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando as mais de 9 tolenadas. 

Essa quantidade, segundo o juiz federal Pedro Felipe de Oliveira Santos, que autorizou os mandados, representa “uma pequena fração” movimentada pelos investigados.

“A organização, por meio dos seus líderes, cooptou pilotos, copilotos, ajudantes, mecânicos, empresários, familiares, entre outros sujeitos, para promover o tráfico internacional de entorpecentes”, disse o magistrado.

O juiz federal também afirmou que foram colhidas evidências consistentes de que o grupo teria forte atuação no Brasil e no exterior, “com ligações diretas e relações comerciais com agentes produtores e com agentes varejistas que também operam tráfico de drogas na Colômbia, na Venezuela, em Honduras, na Guiana, no Suriname, na União Europeia e na África”.

O suposto líder do grupo, João Soares Rocha, foi preso na operação.

MODO DE AGIR

Conforme as investigações, a organização criminosa recrutava pilotos e mecânicos, preparava as aeronaves com revisões mecânicas nos Estados de Goiás, Tocantins e Pará.

Os integrantes também adulteravam as aeronaves para aumentar a autonomia de voo, e a pintura original antes e após os voos. Ainda reaproveitavam documentação de aeronaves inutilizadas no intuito de ‘esquentar’ outras aeronaves em condição irregular.

Eles também omitiam e falsificavam planos de voo e destruíam possíveis vestígios de drogas por meio de minuciosas limpezas internas.

CRIMES

Os investigados devem responder por tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico, organização criminosa, lavagem de dinheiro e atentado contra a segurança do transporte aéreo.

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