Rivais em 2010, Dilma grava vídeo pedindo votos para Kátia Abreu, líder ruralista no Tocantins

Por Redação AF
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18/09/2014 09h52 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">Em campos opostos na elei&ccedil;&atilde;o de 2010, a presidente Dilma Rousseff gravou um v&iacute;deo pedindo votos para a senadora e l&iacute;der ruralista K&aacute;tia Abreu (PMDB-TO), que est&aacute; em campanha pela reelei&ccedil;&atilde;o. <em>&quot;No Tocantins, eu pe&ccedil;o seu voto para K&aacute;tia Abreu&quot;,</em> diz ela, com ar convicto no v&iacute;deo divulgado pela campanha da senadora.<br /> <br /> Em contrapartida, a l&iacute;der ruralista n&atilde;o deixa passar com&iacute;cio sem elogiar o governo da petista ou conclamar o eleitorado tocantinense a votar nela. <em>&quot;Pe&ccedil;o a voc&ecirc;s para darmos a ela a maior vota&ccedil;&atilde;o proporcional do Brasil, para que guarde o Tocantins com carinho no cora&ccedil;&atilde;o&quot;</em>, disse dias atr&aacute;s a senadora, que se licenciou da presid&ecirc;ncia da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Agricultura para disputar a reelei&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> &Eacute; um cen&aacute;rio completamente diverso do que se viu na elei&ccedil;&atilde;o de 2010, quando as duas se encontravam em lados pol&iacute;ticos diferentes e n&atilde;o escondiam a antipatia que existia entre elas. Ent&atilde;o filiada ao DEM, K&aacute;tia havia sido uma das cr&iacute;ticas mais &aacute;cidas do governo do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva no Congresso e n&atilde;o gostava da indicada para suced&ecirc;-lo. Em discurso no plen&aacute;rio do Senado, chegou a dizer que Lula agia como uma esp&eacute;cie de &quot;general&quot; da campanha de Dilma e que sua t&aacute;tica era &quot;desleal&quot;, &quot;injusta&quot; e &quot;devastadora para a democracia&quot;.<br /> <br /> Na &eacute;poca, K&aacute;tia chegou a ser cogitada para ocupar o cargo de vice na chapa presidencial de Jos&eacute; Serra (PSDB). Mais de uma vez disse publicamente que n&atilde;o votaria na indicada por Lula.<br /> <br /> Ap&oacute;s a elei&ccedil;&atilde;o de Dilma, as duas come&ccedil;aram a se aproximar. No processo, K&aacute;tia Abreu baixou o tom das cr&iacute;ticas aos movimentos de sem-terra, ao mesmo tempo que Dilma esfriava o processo da reforma agr&aacute;ria, reduzindo as desapropria&ccedil;&otilde;es de terras para a cria&ccedil;&atilde;o de novos assentamentos. As duas come&ccedil;aram a repetir que era melhor cuidar da qualidade de vida e da produ&ccedil;&atilde;o nos assentamentos j&aacute; existentes do que criar outros.<br /> <br /> A aproxima&ccedil;&atilde;o se afinou mais quando a senadora deixou o DEM para se filiar ao PSD do ex-prefeito de S&atilde;o Paulo Gilberto Kassab, agora candidato ao Senado. Hoje ela est&aacute; no PMDB, que integra a base do governo no Congresso.<br /> <br /> A aproxima&ccedil;&atilde;o tem sido boa para ambas. A senadora ganhou mais espa&ccedil;o para levar as reivindica&ccedil;&otilde;es dos ruralistas ao Planalto. Pouco antes de se licenciar da CNA para concorrer &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o teve uma audi&ecirc;ncia de tr&ecirc;s horas com a presidente.<br /> <br /> Do outro lado, Dilma conseguiu uma interlocutora para se reaproximar do agroneg&oacute;cio. Desde o in&iacute;cio da campanha, K&aacute;tia defende o nome da presidente entre os ruralistas, ao mesmo tempo em que ataca Marina Silva. &quot;Ela odeia o agroneg&oacute;cio&quot;, disse, referindo &agrave; candidata do PSB. (Estad&atilde;o)</span>
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