O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), se manifestou através de nota sobre as acusações feitas contra ele pela assistente social Silvânia Bessa, ex-servidora da Secretaria Municipal de Habitação, demitida em março após indícios de envolvimento com um esquema de "venda" de casas do programa Minha Casa Minha Vida. Dimas voltou a afirmar que após receber a denúncia da comercialização das casas determinou a divulgação sobre a tentativa de estelionato, para alertar a população. Outra medida adotada foi a suspensão dos processos em andamento e uma revisão minuciosa de cada caso. "
Ao mesmo tempo, iniciamos investigação interna e detectamos indícios de envolvimento de 3 servidores diretamente ligados à esta tentativa e, posteriormente, mais 1", informa o prefeito. A partir dos indícios, todos os envolvidos foram demitidos. Dimas afirma que dias depois teve conhecimento do vazamento de áudios e outras informações, supostamente feitos pela ex-servidora, tentando envolvê-lo na suposta fraude. A partir disso, o Município protocolou denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF), transformando a investigação em sindicância. "
Em declaração à Polícia Federal, acreditamos que já fruto da denúncia ao MPF, a estelionatária demitida tenta me envolver afirmando que eu teria determinado a inclusão de nomes para receber casas, inclusive que trabalham em minha residência, uma grande mentira que, se ocorreu, foi premeditado pela criminosa confessa", destaca o prefeito. Segundo ele, a mulher tem agido com o apoio de um político oposicionista. O prefeito ressalta ainda que durante a sua gestão 5.030 famílias foram beneficiadas pelo programa e conclui: "
por incrível que pareça, pessoas que trabalham em minha casa não foram selecionadas, simplesmente porque não atenderam os critérios ou não foram sorteadas [...] Somente uma mente doentia poderia me acusar de tentar fraudar tão importante projeto incluindo 2 pessoas quando tive outras 5.030 oportunidades e não o fiz". A nota finaliza afirmando que Silvânia responderá por seus crimes juntamente com os supostos compradores das casas, que seriam tão culpados quanto ela.