<span style="font-size:14px;">O governador Sandoval Cardoso (SD) reagiu com indignação à representação formulada pela senadora Kátia Abreu (PMDB) que o acusa de ter apresentado "notas frias" para receber a verba indenizatória de seu gabinete na Assembleia Legislativa, enquanto estava na presidência. “<em>Ao invés dela se preocupar com as investigações do avião preso em Piracanjuba, já que ela é presidente do PMDB, ela está preocupada com a máquina de xerox do meu gabinete</em>”, rebateu Sandoval.<br /> <br /> <u><strong>Denúncia: notas frias</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">De acordo com a denúncia, Sandoval Cardoso, com a ajuda do então diretor geral da Assembleia Legislativa, Joaquim Carlos Parente Júnior, teria estimulado Aluízio de Castro Junior a abrir empresa fantasma para a emissão de notas frias, no final de 2012. A denúncia afirma que, só sobre o material a que a senadora Kátia Abreu teve acesso, o Sandoval teria recebido R$ 223.734, 75, sem ter prestado qualquer tipo de serviço à Casa Legislativa.<br /> <br /> A representação diz que foram “dezenas de notas” emitidas em nome de Sandoval Cardoso, sendo pagas pela Assembleia Legislativa. Entre as descriminações dos documentos, foram destacados por Kátia Abreu locações de veículos, equipamentos de informática e “repetidas pesquisas de opinião pública”.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Aluízio de Castro teria alegado em vídeo que o dinheiro iria “para o bolso de Sandoval”. “Ele utilizava as notas, que não era utilizado o serviço. Nunca tive carro, microônibus, nunca soube o que é pesquisa de opinião pública, nunca fiz panfleto, nunca fiz nada e ele utiliza dessas notas para receber dinheiro público sem o devido serviço”, teria dito o suposto empresário fantasma, conforme a representação.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Sandoval diz que denúncia por comprada</strong></u><br /> <br /> <em>“A senadora sabe muito bem como um parlamentar pode utilizar a verba de gabinete para cobrir despesas e pagou caro por uma denúncia vazia, comprando gato por lebre. Temos como provar que o empresário cobrou (e quanto cobrou) para fazer a denúncia. É mais um crime de caixa 2 cometido pelo PMDB, porque esse dinheiro não vai aparecer na relação de despesas do partido. Vou dar todas as informações ao ministério público e quero investigação sobre esse pagamento. Isso é crime eleitoral</em>”, acusou Sandoval e questionou: <em>“O que levaria um empresário a se autoincriminar, assumindo um suposto crime de corrupção passiva? Só muito dinheiro”</em>.<br /> <br /> <u><strong>Investigação sobre os R$ 500 mil no avião</strong></u><br /> <br /> <em>“Quando ouvi a senadora convocando uma coletiva no Ministério Público achei que ela ia pedir investigação sobre o avião, já que ela é a comandante do grupo, fez a intervenção no partido e é a presidente. Ela é a responsável pelo aluguel da camionete e pelo avião onde foram encontrados R$ 500 mil e propaganda de Marcelo Miranda. Ela precisa explicar se sabia ou não da ligação do irmão do Marcelo Miranda com o empresário Douglas. Ela assina pelo partido, como assinou a queixa contra mim no MPE”</em>, completou Sandoval.<br /> <br /> <u><strong>Kátia pagou tratamento dentário com verba indenizatória, diz Gomes</strong></u><br /> <br /> O candidato a senador Eduardo Gomes também saiu em defesa de Sandoval e do uso legal de verbas indenizatórias de gabinetes por parlamentares. <em>“A senadora é quem mais faz uso dessas verbas, tendo inclusive pago um tratamento dentário com verba do congresso, no valor de R$ 42 mil reais. É a chapa (dentadura) mais cara que já se teve notícia no Brasil”</em>, disse Eduardo Gomes.</span>