Educação

'Educação não é mercadoria', diz Sintet ao denunciar invasão de políticos nas escolas

Sintet diz que os novos contratos fazem parte de uma lista de políticos pactuados com o governo.

Por Nielcem Fernandes 3.005
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20/03/2019 23h28 - Atualizado há 5 anos
O presidente do Sintet apresentou denúncia ao MPE

Servidores da educação no Tocantins que estavam trabalhando sob a promessa de serem recontratados desde o corte feito pelo Governo do Estado no início do ano, alegam que estão sendo trocados por apadrinhados políticos.

Uma ex-servidora que estava trabalhando sem contrato desde janeiro afirmou ao AF Notícias que assistentes de serviços gerais, merendeiras, porteiros e vigias estão entre os mais afetados.

 "Eu estava trabalhando e fui dispensada sem pagamento. Não sabemos nem se vamos receber. Muitas senhoras de idade estão sendo dispensadas. A maior humilhação, isso não se faz nem com cachorro. Trocaram todo mundo e disseram que são os nomes indicados pelos deputados", desabafou.

Sintet

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) afirmou que já apresentou uma denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado estadual Júnior Geo (PROS), na manhã desta quarta-feira (20).

De acordo com o sindicato, muitos dos profissionais que trabalharam como contratados no ano passado atenderam ao chamado do governo para continuar em seus cargos no início do ano letivo.

Para o presidente do Sintet, José Roque Santiago, os novos contratos fazem parte de uma “lista de políticos pactuados com o governo”.

Para o presidente, além de o governo descumprir a Constituição Federal por não realizar concurso para na área da educação há 10 anos, exerce com tal prática uma política “vergonhosa, ultrapassada e ilegal”.

José Roque ressaltou a importância da realização do concurso e solicitou as devidas providências para sanar a situação dessas profissionais. “É necessário que estes profissionais sejam tratados com dignidade e respeito, e mais uma vez denunciamos a necessidade de realização de concurso público para a área da Educação. Educação não é mercadoria”, finalizou.

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