Fraude nas cestas básicas

Servidores investigados são exonerados de órgão comandado por filho do governador

Justiça já tinha determinado afastamento por 180 dias.

Por Conteúdo AF Notícias 3.105
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29/04/2022 09h59 - Atualizado há 2 anos
Servidores são investigados na operação que apura fraudes na compra de cestas básicas

Os dois servidores suspeitos de estarem envolvidos no esquema de fraudes na compra de cestas básicas pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) foram exonerados da gestão do governador Wanderlei Barbosa, nesta quinta-feira (28/04). Ato de exoneração foi publicado no Diário Oficial do Estado nº 6076. 

Gilson Ribeiro de Vasconcelos e Matheus Macedo Mota estavam lotados na Agência de Metrologia, Avaliação da Conformidade, Inovação e Tecnologia do Tocantins; como vice-presidente executivo e secretário geral, respectivamente. Mas eram da Setas, anteriormente. 

A Agência de Metrologia tem como presidente o filho do próprio governador, Rérison Antonio Castro Leite. 

Gilson Ribeiro é servidor concursado como assistente administrativo e estava recebendo salário bruto de R$ 13.300,00. Ele ficou lotado na Setas até janeiro de 2022 na diretoria de microcrédito e no gabinete do secretário executivo. Já Matheus Macedo era comissionado e ganhava R$ 6.500,00. Na Setas, ele atuava na gerência de proteção social básica, bolsa família e benefícios da Setas.

Matheus foi nomeado na Agência de Metrologia em fevereiro deste ano, já na gestão do atual governador Wanderlei Barbosa.

INVESTIGAÇÃO

A Justiça já havia determinado o afastamento dos dois servidores pelo prazo de 180 dias, por suspeita de participação em fraudes na compra de cestas básicas pela Setas.

A operação foi deflagrada pela Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), nesta quarta-feira (27), e cumpriu onze mandados de busca e apreensão, inclusive na sede da Setas, que está sob a gestão do secretário José Messias Alves de Araújo desde 1° de janeiro de 2019. 

Conforme a Justiça, eles foram afastados para que "não tenham possibilidade de manipular provas e induzir testemunhas". Mesmo exonerados, eles continuam proibidos de frequentar as dependências da Setas ou de qualquer outro órgão público estadual, bem assim de acessarem os sistemas eletrônicos correspondentes; e também proibidos de manter contato com os servidores da Setas, por qualquer meio.

As cestas básicas foram compradas para beneficiar famílias afetadas pela pandemia da Covid-19, contudo, algumas empresas contratadas não tinham capacidade operacional para fornecimento dos produtos e receberam pagamento antecipado sem que a entrega fosse feita.

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Servidores envolvidos no esquema de compra de cestas básicas são exonerados.

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