'Sigilo sem sigilo'

Sinsjusto questiona falta de sigilo em investigação da Polícia Civil contra 'quebra de sigilo'

O Sinsjusto disse também que 'repudia, veementemente, a divulgação das identidades'.

Por Redação 719
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31/01/2019 14h11 - Atualizado há 5 anos
Sindicato questionou o vazamento de informações na operação que investiga quebra de sigilo

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins (Sinsjusto) divulgou nota à imprensa na qual diz estar ‘atônito’ com o fato de uma investigação que apura a divulgação de informações sigilosas não ter mantido a própria sigilosidade do procedimento investigatório.

O Sinsjusto refere-se à operação 'Chave Mestra' da Polícia Civil deflagrada na terça-feira (29) contra advogados e servidores da Justiça suspeitos de vazarem informações de processos sigilosos.

Na nota, o sindicato manifesta “apoio e solidariedade” aos servidores do Judiciário que estão sendo ligados à investigação e diz que a utilização da senha desses servidores não significa, necessariamente, que eles mesmos as tenham usado para fins ilegais.

“Em todas as áreas do TJTO há uma grande rotatividade de estagiários que, por consequência da quantidade de trabalho e prazos, acabam tendo acesso às senhas dos servidores”, disse.

O Sinsjusto disse também que “repudia, veementemente, a divulgação das identidades das pessoas indagadas até o momento” e está atônito com o fato de que em uma investigação que apura a divulgação de informações restritas, não tenha [também] sido mantida em sigilo, o que "causa estranheza".

"É de clareza solar, para nossa tristeza, que a mídia, reservando algumas exceções, é claro, sustenta sua pauta sob a égide do escândalo, sem se preocupar de forma responsável com o conteúdo vinculado. Não se atem aos princípios constitucionais julgam, condenam e executam a sentença lançando em uma cortina de fumaça negra, qualquer um, e o faz sem qualquer responsabilidade, usando como sustentáculo a 'liberdade de impressa', mas ao passo que não tem o mesmo esmero em reaver os efeitos morais após a elucidação dos fatos”, disse o representante do Sinsjusto, Fabrício Ferreira.

"Mais quimérico foi que a operação tratava-se de quebra de sigilo, sendo a investigação também um ato sigiloso, como a mídia obteve nomes?", questiona Fabrício Ferreira, que continua afirmando que a entidade acompanhará de perto todo desenrolar das investigações. "Vamos seguir acompanhando, com o objetivo de salvaguardar os direitos individuais dos nossos servidores envolvidos."

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