12ª captação no Tocantins

Família cumpre desejo de ente querido e doa seus órgãos: 'ele era uma pessoa boa', diz sobrinha

Órgãos vão atender pacientes da fila nacional de espera por um transplante.

Por Redação 959
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14/11/2022 14h11 - Atualizado há 1 ano
Captação de órgãos

O Tocantins realizou a 12ª captação de órgãos em 2022 no Hospital Geral de Palmas (HGP), na manhã da segunda-feira (14). Foram doados fígado, rins (esquerdo e direito) e córneas de um paciente de 46 anos vítima de um trauma cranioencefálico grave.

Os órgãos foram enviados para São Paulo e poderão beneficiar até cinco pessoas que aguardam na fila nacional para transplante. Dados do Sistema Nacional de Transplante apontam que a lista ativa atual de pacientes adultos e pediátricos em espera por um transplante é de 37.456. Do total, 34.277 esperam por um transplante de rins, que em 2022 contabiliza apenas 3.802 transplantes.

“A manifestação sobre o desejo é fundamental para a realização da captação desses órgãos. A doação de órgãos é um ato de amor que beneficia muitas vidas. Para que a doação aconteça, a família tem que ser favorável, por esta razão, é importante expressarmos em vida aos nossos familiares o desejo de ser doador”, disse Suziane Crateús Vilela, responsável pela Central Estadual de Transplante do Tocantins.

Foi o que aconteceu na doação desta segunda-feira. A sobrinha Graziela da Silva Santos relatou que o desejo em doar os seus órgãos sempre foi expressado pelo tio.

"Nosso tio sempre falou a respeito do seu desejo de doar os seus órgãos. Ele era uma pessoa boa e de certa forma realizar o seu desejo traz um conforto para a família”, desabafou.

"É um momento de muita tristeza para a nossa família, hoje estou perdendo um filho amado, mas hoje também algumas mães estão recebendo seus filhos de volta com saúde e isso nos conforta", relatou Luzia Inacia de Assis, mãe do doador.

Como funciona a doação?

Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos.

A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, ou seja, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação do paciente não é mais possível.

Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores.

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