Balanço

Tocantins consegue zerar número de mortes causadas pela Leishmaniose Visceral em 2023

Houve redução de 15,6% no número de novos casos da doença, com 92 confirmações.

Por Redação
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05/01/2024 09h00 - Atualizado há 3 meses
Mosquito palha, vetor de transmissão da doença.

O estado do Tocantins apresentou queda nos casos confirmados de Leishmaniose Visceral ou calazar. Os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) apontam redução de 15,6% no número de novos casos em 2023, com 92 confirmações, em comparação com 2022, quando foram confirmados 109 casos. Em todo o ano, não houve nenhum óbito causado pela doença.

“Em 2022 sete pessoas morreram devido à doença, o que elevou a taxa de letalidade do Estado para 8,75%. Em 2023 estabelecemos a meta prevista de 3,01% e fechamos o ano com 0,0% de letalidade, ou seja, nenhum óbito, graças ao trabalho conjunto da Área Técnica das Leishmanioses e os municípios. Trabalhamos muito durante todo ano capacitações das equipes municipais de saúde (médicos e enfermeiros), para melhorar o diagnóstico e a detecção precoce e tratamento correto e trabalho deu resultados”, destacou o biólogo em saúde, responsável área técnica das Leishmanioses da SES-TO, Julio Bigeli.

A região de saúde com maior número de casos foi a Médio Norte, com 30 casos (32%), seguido de 12 casos na região do Cantão (13%), 11 casos confirmados na região do Cerrado Tocantins Araguaia (12%), Bico do Papagaio (12%) e Capim Dourado (12%), 8 casos na região Amor Perfeito (8,7%), Ilha do Bananal com 5 casos (5,4%) e Sudeste com 4 casos confirmados (6,5%).

A coordenadora da Área Técnica Vetoriais e Zoonoses de Palmas, Rafaella Xavier Santos, destacou que "ações como controle populacional de animais e a rotina da vigilância epidemiológica com cronogramas de visitas periódicas trabalhando o fluxo de manejo na identificação de casos suspeitos para que o tratamento seja em tempo oportuno, são ações que impactam no diagnóstico precoce e consequentemente no tratamento, visto que a maior parte dos óbitos está ligado ao diagnóstico e tratamento tardio".

Leishmaniose Visceral é uma doença grave, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto chamado flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão.

Leishmaniose tegumentar

Com relação da Leishmaniose tegumentar, os dados apontam um leve aumento, passando de 303 em 2022, para 305 em 2023, com um óbito no município de Wanderlândia, no ano passado.

Há duas formas de leishmaniose: a tegumentar, ou cutânea, e a visceral. A tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida por diversas espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acometem o homem e provocam úlceras na pele e nas mucosas das vias aéreas superiores.

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