Saúde

Tocantins já notificou 18 casos de malária este ano, mas todos oriundos de outros estados e países

Por outro lado, o Estado está há três anos sem registro de casos de contaminação local.

Por Redação
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06/11/2022 18h30 - Atualizado há 1 ano
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e calafrios, aparecem geralmente entre 8 e 15 dias

O Tocantins é um dos Estados da região amazônica que tem o menor número de casos notificados de malária no país. No dia em que se comemora o Dia da Malária nas Américas (6 de novembro), o Estado celebra três anos (desde 2019) sem registro de casos autóctones, quando a pessoa é contaminada no seu próprio território. Já o número de casos importados caiu 70% nos últimos três anos.

“Os dados foram alcançados graças ao acompanhamento sistemático dos casos importados, detecção e tratamento adequado, prevenção e controle de eventuais surtos, disponibilidade de novos métodos diagnósticos (Teste de Diagnóstico Rápido), desenvolvimento de ações contínuas de educação em saúde e maior visibilidade da doença nos canais de comunicação locais. Um trabalho incansável dos profissionais do Estado e dos Municípios”, disse o assessor técnico do Programa Estadual de Malária do Tocantins da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Marco Aurélio Martins.

Atualmente, os casos notificados no Estado são 100% importados, com 18 registros em 2022, advindos dos demais estados da região amazônica – (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima) e de outros países (Angola e Suriname).

Plano de Eliminação

O técnico complementa que o Tocantins faz parte do Plano Nacional de Eliminação da Malária, do Ministério da Saúde (MS), o qual busca diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035.

“O Estado, juntamente com os municípios, trabalham para evitar a reintrodução da transmissão autóctone de malária, fortalecendo a vigilância e principalmente intensificando ações para melhorar a detecção precoce e o tratamento oportuno dos casos”, pontuou.

A consultora técnica do Ministério da Saúde (MS) para eliminação da malária, Joana Martins de Sena disse que o Tocantins, junto com os demais estados da Federação, assinou a carta de compromisso para viabilizar condições necessárias para execução dos planos de eliminação da doença no Estado e apoiar os municípios.

“O Tocantins e seus municípios prioritários já trabalham com os Planos de Eliminação desde 2020, o que já traz resultados relevantes para o Estado e o país”.

Malária

É uma doença febril aguda, potencialmente fatal, causada por parasitos (Plasmodium) que são transmitidos às pessoas pela picada do mosquito fêmea infectada Anopheles (conhecido popularmente como suvela).

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e calafrios, aparecem geralmente entre 8 e 15 dias após a picada do mosquito e podem ser leves e se confundir com outras doenças febris. O diagnóstico pode ser feito por meio da coleta de sangue retirada na ponta do dedo e o resultado sai em até 24 horas nos laboratórios públicos ou na rede particular.

O tratamento é feito com antimaláricos conforme a espécie de malária (P. vivax e P. falciparum) e peso do paciente. É importante concluir o tratamento para cura completa da doença, mesmo que tenham desaparecido os sintomas ao tomar as primeiras doses.

Prevenção

As medidas de prevenção são de extrema importância, especialmente para viajantes/turistas, garimpeiros, pescadores e trabalhadores que se expõem em áreas de matas. A doença pode ser prevenida adotando medidas como: não se expor no horário de atividade do mosquito transmissor que é principalmente ao anoitecer e ao amanhecer e usar roupas de mangas longas que protejam braços e pernas, repelentes, mosquiteiros, telas em portas e janelas em regiões de matas e beiras de rios.

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