Doação

Tocantins realiza 1ª captação cardíaca em criança que teve morte encefálica em Araguaína

Foram captados o coração e as córneas.

Por Redação 706
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31/07/2020 11h48 - Atualizado há 3 anos
Captação dos órgãos

A primeira captação cardíaca no Tocantins foi realizada em uma criança de três anos em Araguaína, norte do Estado, na madrugada desta sexta-feira (31).

A família autorizou a doação dos órgãos após a criança ter morte encefálica. Foram captados o coração e as córneas.

Como o Tocantins ainda não possui serviço de captação cardíaca, a Central Estadual acionou uma equipe de outro Estado, que veio para realizar o procedimento. Já as córneas foram captadas pelo Banco de Olhos do Tocantins (Boto).

A Central Nacional de Transplante (CET) Tocantins organizou toda logística para que o desejo da família fosse atendido. Tudo ocorreu dentro do esperado. Sabemos que esta doação de órgão vai beneficiar outras vidas e isso nos enche de orgulho e satisfação. Vale salientar que esta captação foi possível graças a autorização da família. É preciso que a sociedade entenda a importância do ator de doar", salientou a coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins, Suziane Crateús.

A coordenadora também explicou que, caso a pessoa queira ser doador, não é preciso deixar nada por escrito e sim comunicar à família, pois somente os parentes (de até segundo grau) podem autorizar a doação.

O Tocantins já realiza o transplante de córneas desde 2016, com um total de 174 procedimentos, e agora trabalha para a implantação do transplante renal.

Que tipo de órgãos que podem ser doados?

Coração: o transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada.

Válvulas cardíacas: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doenças da válvula do coração.

Fígado: é um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, por isso, o doador pode doar parte de seu fígado, em vida. Esse tipo de transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática.

Ossos: Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por um longo período.

Medula óssea: é responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia.

Rim: os rins podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.

Pâncreas: O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.

Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.

Pele: O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.

Pulmão: Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.

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