Três barragens no Tocantins estão com “estruturas comprometidas e parcialmente inoperantes, surgências e infiltrações nas taludes, vegetação generalizada, equipe e sistema de monitoramento insuficientes”, segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA).

Ainda conforme a ANA, as barragens são classificadas com nível de Dano Potencial Alto ou Categoria de Risco. As informações são do Ministério Público Estadual (MPE).

As três barragens de água são destinadas à irrigação no Projeto Rio Formoso e, caso haja rompimento, podem causar enormes danos, afetando o meio ambiente e também toda a população da região, segundo o MPE.

Para evitar tragédias como as ocorridas em Minas Gerais, o MPE instaurou um inquérito nessa quarta-feira (30) com a finalidade de verificar se as barragens Calumbi I, Calumbi II e Taboca, em Formoso, obedecem às normas estipuladas pela Política Nacional de Segurança de Barragens.

O Promotor de Justiça Rui Gomes Neto requisitou ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), no prazo de 10 dias, informações acerca dos empreendedores, dados técnicos referentes à implantação, plano de ação de emergência, cópias de pareceres técnicos das fiscalizações, entre outras.

Já à ANA, foi requisitado o relatório circunstanciado da situação atual das barragens.

Governo garante segurança

Em nota divulgada nessa terça-feira (29), o Governo do Tocantins informou que as medições realizadas em 28 de janeiro deste ano apontaram que a cota atual na Barragem Taboca é de 1,06 metros, que corresponde a 20% da cota de operação.

Já na barragem Calumbi I é de 0,92 metros, correspondendo a 52% da cota de operação e na Calumbi II é de 0,85 metros, correspondendo a 40% da cota.