Os automóveis estavam parados e servindo de criadouros de insetos transmissores de doenças.
Veículos apreendidos ou com pendências judiciais que estavam no pátio da Cadeia Pública de Xambioá foram doados e, no espaço, agora funcionam projetos de ressocialização, como o ‘Galinha dos Ovos de Ouro’ e o ‘Horta Feliz’.
O diretor da unidade, Alexandre Vaz, falou sobre os transtornos causados pelos automóveis depositados no pátio da cadeia.
“Esses automóveis tomavam um grande espaço, deixavam a cadeia com aparência desagradável, cara de abandonada, mal cuidada. Mas, além disso, eram receptáculos para proliferar animais e insetos transmissores de doenças que podiam atingir os detentos, os servidores e a população do entorno da unidade prisional”, disse.
Os veículos parados foram informados ao Poder Judiciário e o juiz da Comarca, José Eustáquio de Melo Júnior, solicitou ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que tentasse localizar os donos dos automóveis.
Após esse processo, para os casos que não obtiveram respostas esperadas, os veículos seguiram para leilão. “Mas como eles não estavam em condições de uso, não houve interessados em adquirir os bens”, explicou o diretor da unidade.
Como última ação para solucionar o problema, o juiz proferiu sentença para que os bens fossem doados.
“No caso concreto, depois dos tramites legais, não foi possível encontrar os proprietários e/ou alienar os bens apreendidos, motivado pelo qual a doação é medida que se impõe”, sentenciou.
Os projetos implantados no local servem para ajudar na alimentação dos detentos, além de abrir vagas para ressocialização dos presos.
O reeducando José de Ribamar, que trabalha na criação das galinhas e cultivo de hortaliças, comemorou a implementação do projeto. “Isso aqui é fantástico, além de gerar ocupação para alguns detentos, proporciona renda para compra de novas galinhas, ração e insumos para a horta”, disse.