<div style="text-align: justify; "> <span style="font-size:14px;">Você sabe o quanto paga de imposto na compra de um produto ou serviço? Esta é a principal pergunta que muitos consumidores fazem ao se depararem com a realidade de um dos países que mais cobram impostos no mundo.<br /> <br /> Desde 2007, um projeto de lei, já aprovado pelo Senado, ainda aguarda votação na Câmara para tornar obrigatório os impostos pagos pelo cidadão descritos na nota fiscal.</span><br /> </div> <div style="text-align: justify; "> <span style="font-size:14px;">Uma campanha chamada "De olho no imposto" foi criada há cinco anos por empresas de São Paulo e conseguiu que 1,5 milhão de consumidores enviassem um abaixo assinado aos deputados solicitando informações sobre o peso dos tributos na compra de produtos ou na contratação de serviços. Da ação popular, surgiu o projeto de lei nº 1.472, que aguarda votação.<br /> <br /> “Há produtos cujos impostos incidentes são maiores que o preço do próprio produto e o consumidor, às vezes, nem desconfia”, afirma Ronaldo Dias, diretor da Brasil Price Gestão em Contabilidade.<br /> <br /> De acordo com o tributarista Ives Gandra Martins, o projeto quer apenas regulamentar o que já está definido na Constituição de 1988, que determina, no parágrafo 5º do artigo 150, “medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos de incidam sobre mercadoria e serviços”. Por ano, o contribuinte gasta cerca de quatro meses e meio de trabalho somente para pagar impostos. No Brasil, a carga tributária é de 35%.<br /> <br /> Ao todo, 23 projetos já foram propostos no Congresso, desce 2004, com o intuito de assegurar a descrição dos impostos aos cidadãos. Todos foram agrupados no PL 1.472.<br /> <br /> “Em vários países da Europa e nos EUA, é possível ver no ato da compra o quanto se paga de imposto. O valor correspondente ao IVA (imposto de valor agregado) vem discriminado no cupom fiscal,” lembrou a jornalista Cláudia Rolli, em matéria publicada no site da Folha de São Paulo, no dia 28 de outubro deste ano.<br /> <br /> No país, inúmeros impostos incidem sobre o valor dos produtos e serviços, por isso a ideia é informar o valor aproximado do total de tributos federais (como IPI, PIS, Cofins), estaduais (ICMS) e municipais (ISS) que são embutidos no preço.<br /> <br /> Para Ronaldo Dias, cabe ao cidadão exigir de seus representantes não só a aprovação desta medida, como fazer pressão por um uso mais racional e profissional dos recursos públicos. </span><em><span style="font-size: 14px; ">(Reportagem de Cláudia Rolli - Folha de São Paulo)</span></em></div>