Tocantins

Ex-senador do Tocantins diz que estava desacordado nas filmagens em que aparece abusando de duas crianças

Por Agnaldo Araujo
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13/09/2016 08h24 - Atualizado há 5 anos
O programa Fantástico, da Rede Globo, repercutiu o caso em que o ex-senador Nezinho Alencar, de 67 anos, é acusado de estuprar duas crianças, filhas de um vaqueiro, em uma de suas fazendas no Tocantins. A reportagem foi ao ar no último domingo (11/09). O ex-senador aparece e um vídeo molestando duas meninas de seis e nove anos. As filmagens foram feitas pelo próprio pai das crianças. Ele contou que primeiro desconfiou, depois viu. “Sentou lá debaixo do pé de manga [o ex-senador]. Aí começou a abusar das meninas e eu olhando de dentro do quarto, da janela”, contou o vaqueiro. O vaqueiro disse ainda que a reação dele quando viu o que estava ocorrendo foi a de pegar a espingarda para matar Nezinho. “Peguei a espingarda, botei no rumo dele, puxei o gatilho, pensei: ou mato ou não mato? Aí baixei a espingarda. Vou deixar quieto”, afirmou. O pai das crianças vendeu galinhas, comprou um aparelho celular e  fez as filmagens. Logo após a denúncia, Nezinho foi preso. Mas pouco tempo depois pagou fiança de R$ 22 mil e foi liberado. A reportagem pode ser conferida clicando aqui. Outro lado Nezinho contou ao Fantástico que foi vítima de uma armadilha. “Aquelas crianças estavam torpedeando, pisando, passando a mão em mim, me agarrando. E eu extremamente desacordado, num vi absolutamente nada”, disse. Em relação ás filmagens, o ex-senador disse que foram montadas. “Elas foram montadas. Primeiro as crianças foram induzidas, fazendo um verdadeiro malabarismo, foram conduzidas como atrizes para me induzir àquelas cenas”, relatou. Segundo Nezinho, as crianças foram orientadas pelos seus pais. Nota de repúdio O Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) e a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced), no Tocantins, divulgaram uma nota de repúdio em relação aos argumentos do ex-senador Nezinho Alencar. "Não aceitamos que uma suposta pessoa que cometeu a violência sexual venha trocar o lugar de autor para 'vítima' desta situação. Considerando que as crianças não são objetos que os adultos podem manipulá-las da maneira que desejar, mas estes, são sujeitos de direitos que devem ter a sua dignidade protegida e respeitada por toda a sociedade", afirmaram as entidades na nota.

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