Greve geral no Tocantins

Governo se reúne com sindicalistas e afirma que "não tem outra proposta a fazer aos servidores" em greve

Por Redação AF
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10/08/2016 09h50 - Atualizado há 5 anos
O secretário de Estado da Administração, Geferson Barros, se reuniu com sindicalistas na tarde desta terça-feira (09/08), em Palmas, para discutir sobre a greve geral dos servidores públicos e foi categórico ao afirmar que o "Governo do Tocantins não tem outra proposta a fazer". Segundo o secretário, o que já foi apresentado aos sindicatos é o que está dentro das condições do Estado, ou seja, o compromisso é pagar os direitos em atraso em vez de conceder novos aumentos salariais. Geferson Barros afirmou também que o governo está à disposição para o diálogo com as categorias. Acrescentou que o Tocantins está enfrentando a crise nacional e vem trabalhando para reduzir gastos e aumentar a receita, porém, os esforços realizados até agora não são suficientes para garantir o pagamento de melhorias salariais.  O governo disse ainda que a arrecadação do Estado ainda não cobre sequer a folha de pagamento dos servidores. Questionado pelos sindicalistas sobre a redução de contratos, o secretário de Administração explicou que o governo vem fazendo uma redução gradual no volume de contratos temporários e já fez cortes expressivos, tanto de contratos como de comissionados. O Estado não descarta novos cortes e demissões. “Faremos tudo que for possível para evitar que o governo deixe de pagar a folha em dia e não venha tomar medidas radicais, como escalonamento e parcelamento de salários, como vem acontecendo em vários estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul". O secretário lembrou que o não pagamento da data-base foi decisão já tomada por 24 estados e destes, 18 também não pagaram o reajuste salarial em 2015. Para Geferson Barros, o cenário aponta melhorias futuras e, assim que retomar sua capacidade financeira, o governo vai honrar com os direitos dos servidores. Os sindicalistas também reclamaram da receptividade aos grevistas nos órgãos, mas o secretário destacou que não há qualquer decisão do estado ou do grupo gestor para restringir a ação dos grevistas. Ele manifestou apenas que é preciso preservar o acesso aos prédios públicos e garantir o direito de quem quer trabalhar. Conforme os sindicalistas, o governo mandou arrancar os adesivos da greve dos órgãos públicos.

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