O Hospital Regional de Araguaína (HRA) pretende fechar uma das duas UTIs e encaminhar os pacientes que ainda estão internados para outras unidades no Tocantins ou até fora do Estado. Conforme comunicado divulgado, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)-2 será fechada a partir do dia 1º de setembro, ficando disponível apenas a UTI-1. Dentre outros problemas, o responsável pelo setor relata atraso em pagamentos e também estariam faltando médicos para manutenção dos plantões. No entanto, a Defensoria Pública Estadual recorreu à justiça para impedir o fechamento. Um pedido liminar foi feito à justiça em uma Ação Civil Pública (ACP) que tramita na 2ª Vara da Fazenda e Registro Público de Araguaína. Para o autor da ação, defensor Sandro Ferreira, a emergência do caso evidencia a necessidade de que o pedido seja logo concedido pela justiça para que se resolva imediatamente a urgência. O defensor considerou que a conduta vai prejudicar a continuidade das internações e afirmou que o alcance de verbas devidas e não pagas, bem como a reestruturação de melhores condições de trabalho podem e devem ser discutidas em momento adequado, sem que isso implique o grave e inaceitável fechamento de leitos de UTI. “A situação é estarrecedora porquanto envolve setor delicadíssimo do hospital, responsável por abrigar os pacientes em estado mais grave e que reclamam cuidados especialíssimos”, afirmou. Sandro Ferreira ainda disse que a demora do atendimento intensivo poderá significar a morte de pacientes e o dano será irreversível. Na ação, a Defensoria também pede o prazo de 30 dias para incluir no processo documentos mais detalhados sobre o caso, inclusive quanto ao regime de trabalho dos médicos lotados na UTI-2, regime de plantão, verbas em atraso e demanda do setor. NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE

"A Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) informa que o serviço de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Araguaína (HRA) está funcionando regularmente e a escala do mês de setembro está sendo finalizada de acordo com a demanda hospitalar.  

Sobre o pagamento dos plantões extras, a Secretaria esclarece que todos ocorrem após a comprovação do efetivo labor dos profissionais de saúde e serão pagos de acordo com a programação financeira em folha.

A SES reafirma o compromisso de honrar todos os acordos financeiros realizados com os servidores e empresas, resgatando assim a credibilidade do Estado".