Às vésperas da posse dos novos deputados estaduais eleitos do Tocantins, bem como da eleição para escolha da Nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, a Polícia Civil deflagrou uma nova fase da operação Catarse para investigar servidores fantasmas em mais dois gabinetes parlamentares.

Dessa vez, os alvos são servidores ligados aos gabinetes de Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD).

Os dois são os candidatos a presidente e vice da chapa governista na eleição da Mesa e já são considerados eleitos, pois reuniram 19 deputados na noite dessa quarta-feira (30) em um restaurante de Palmas para fechamento dos acordos e composição da chapa, que deve ser única.   

Os agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) estão cumprindo os mandados em Palmas e Porto Nacional.

As investigações apontaram que cerca de 11 servidores recebiam sem trabalhar, causando prejuízos na ordem de R$ 1,5 milhão.

Apesar de os mandados estarem sendo cumpridos nos gabinetes dos dois deputados, eles não são investigados nesse momento da operação.

No início desse mês, outra fase da operação da Polícia Civil também mirou o deputado estadual Valdemar Júnior (MDB). Na ocasião, o chefe de gabinete do parlamentar, Dional Vieira de Sena, e os assessores Dorismar José Benedito Júnior e Luciele Roquete Araujo, foram presos.

A polícia revelou que os 'fantasmas' estavam devolvendo parte dos seus salários para integrantes do grupo criminoso.

A operação Catarse investiga a existênica de servidores 'fantasmas' em vários órgãos do Estado, e inicou em dezembro de 2018 em Araguaína, norte do Estado, com mandados em propriedades de uma empresária da cidade.