Tocantins

Após ataque de jagunços, MPF quer mais firmeza no combate à violência no campo

Homens armados atacaram moradores no acampamento Maria Bonita.

Por Redação 741
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18/08/2021 14h47 - Atualizado há 2 anos
Barracos destruídos pelos jagunços

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nessa terça-feira (17/8), procedimento administrativo para acompanhar a atuação do poder público no combate à violência no campo ocorrida no Tocantins.

A ação se dá após reunião online com procuradores da República e a Comissão Pastoral da Terra, realizada no último dia 11, para tratar dos fatos ocorridos no Acampamento Maria Bonita, localizado na Gleba Anajá, em Palmeirante (TO).

No dia 06 de agosto, homens armados atacaram moradores do acampamento. Cerca de 100 famílias que lutam pela reforma agrária vivem no local. O senhor Getúlio Coutinho dos Santos, de 54 anos, foi morto e o jovem Adreson Alves de Oliveira, de 27 anos, ficou ferido.

Os posseiros vivem em uma área que pertence à União, mas está sendo reivindicada na justiça por um fazendeiro.

De acordo com o procurador da República Fernando Antonio de Alencar Alves de Oliveira Junior, o MPF está empenhado em combater a violência no campo. “Vamos cobrar e articular com os demais órgãos estaduais e federais, responsáveis pela segurança no campo, uma atuação mais efetiva! É preciso evitar que novos casos de violência ocorram, bem como punir com rigor os envolvidos no assassinato do Acampamento Maria Bonita”, disse.

Além dos trâmites internos, o primeiro encaminhamento do procedimento é uma reunião com o procurador-geral de Justiça e com o secretário de estado da segurança pública do Tocantins para tratar sobre as apurações dos casos de violência no campo ocorridos em áreas federais situadas no estado do Tocantins, que será agendada nos próximos dias.

Operação da Polícia Federal

Em 11 de agosto, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o grupo que atacou os moradores do assentamento Maria Bonita.

Cerca de 50 policiais federais cumpriram 4 mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins, Goiás e DF, expedidos pela Justiça Federal do Estado do Tocantins.

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