O movimento que pede o impeachment do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), foi lançado no último dia 27 de outubro e tem o objetivo de colher mais de 10 mil assinaturas de cidadãos tocantinenses no abaixo-assinado. A campanha
"Tchau, Marcelo: Impeachment Já" foi oficialmente lançada em Palmas. O movimento é idealizado e coordenado pelos dois autores do pedido de impeachment: Gustavo Menezes e Cleiton Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO). Um dos motivos apontados para o impeachment é a apropriação pelo Governo do Estado dos valores descontados nos contracheques dos servidores referentes aos empréstimos consignados.
![](http://afnoticias.com.br/wp-content/uploads/2016/10/Campanha3.jpg)
As assinaturas colhidas serão apresentadas na Assembleia Legislativa no início de dezembro. As listas serão encaminhadas para vários municípios do Estado. Não haverá petição online. Os interessados podem solicitar através do e-mail:
tchaumarcelo@gmail.com. Também foi criada uma página na internet:
https://www.facebook.com/tchaumarcelo/ onde é possível baixar a ficha.
“Nosso movimento é uma união de pessoas, por isso temos pedido tanto a colaboração de todos! O Impeachment só vai ganhar as ruas quando cada cidadão tocantinense tomar consciência da gravidade dos crimes que vêm sendo cometidos pela atual gestão do Governo do Estado” afirmou a organização do movimento. A decisão referente à campanha pró-impeachment de Marcelo Miranda foi tomada ainda no dia 13 de outubro, durante reunião do Sisepe com os servidores grevistas. Na ocasião foi avaliada a atual conjuntura da negociação da data-base e ouvidas opiniões e propostas dos servidores públicos para novos rumos na negociação.
“Conotação política" A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (SINTRAS-TO) discutiu e decidiu não apoiar o movimento. A decisão foi tomada durante uma reunião no mesmo dia do lançamento da campanha. “
O sindicato caracteriza o movimento com uma conotação política, uma atitude que não cabe partir desta entidade, e sim do cidadão eleitor”, afirmou. Mas a diretoria deixou claro que os servidores são livres para apoiarem ou não o movimento.
“No momento, a diretoria da entidade está centrada nas negociações das demandas da saúde, no intuito de garantir os direitos dos servidores”, afirmou na ocasião. Entre as demandas foram elencadas a data-base; insalubridade; a suspensão ou insuficiência da alimentação nos hospitais; Plansaúde; progressões; garantia dos direitos que consta na lei nº 2.670 PCCR/saúde e na lei nº 1818, entre outros.
Motivos do pedido de impeachment - Aplicação inadequada dos recursos do FUNDEB e constante atraso nos repasses para o fundo estadual e para os municípios; - Desrespeito à Lei Orçamentária Anual (LOA); - Descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): - Apropriação indevida dos valores consignados no contracheque dos servidores públicos estaduais, referentes aos: empréstimos consignados, Brasilcard, Plansaúde, mensalidades das entidades classistas; - Atraso constante nos repasses e apropriação indevida das contribuições previdenciárias do IGEPREV; - Descumprimento da legislação vigente, desrespeitando os Planos de Carreiras dos servidores públicos (data-base, progressões e adicionais); - Caos na segurança pública, com falta de efetivo para atender a população, sucateamento das viaturas, falta de combustível e péssimo estado das delegacias de polícia; - Caos na saúde, com a falta de todo tipo de suprimento nos hospitais, sejam remédios, gases, luvas e até alimentação para pacientes, acompanhantes e servidores.