Taipas

MPE denuncia 11 pessoas por fraudes em folha de pagamento de Prefeitura de Taipas através de "laranjas"

Por Agnaldo Araujo
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03/09/2016 09h24 - Atualizado há 5 anos
O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra a ex-secretária de administração do Município de Taipas (TO), Ieda Mudesto Rodrigues, e mais 10 pessoas, por desvio de dinheiro público e formação de associação criminosa. Segundo a denúncia, Ieda Mudesto falsificou a folha de pagamento da prefeitura durante vários meses, incluindo o CPF de pessoas que não trabalhavam para o município. Em seguida, esses "laranjas" repassavam os valores depositados em suas contas à então secretária, tendo como recompensa uma comissão mensal de aproximadamente R$ 400,00. Os crimes teriam sido praticados entre setembro de 2013 e dezembro de 2014, causando um prejuízo de R$ 181,7 mil aos cofres públicos. A denúncia frisa que a ex-secretária era quem realmente usufruía dos valores das fraudes, esbanjando recursos junto a amigos e familiares, enquanto outros denunciados, que emprestavam a ela suas contas bancárias, demonstravam viver em dificuldade financeira. Segundo o Promotor de Justiça Luiz Francisco de Oliveira, para executar as fraudes, a ex-secretária de administração utilizava o CPF e contas de amigos e familiares, incluindo sua mãe, sua irmã, cunhado de seu irmão e a sogra de seu irmão. Além destes, também são denunciados Domingas Ferreira de Souza Neta, Valdete de Sousa Gonçalves, Alzirene Barbosa Gomes, Eliene Santos de Sousa, Weszile da Costa e Marta Maria Pereira Gonçalves. O esquema foi descoberto após uma sindicância aberta pelo prefeito de Taipas do Tocantins, Joaquim Carlos Azevedo. Na análise das folhas de pagamento, chamou a atenção a presença de nomes estranhos à administração, aos quais eram atribuídas remunerações acima da média paga pela prefeitura. Após a conclusão da sindicância, o caso foi informado ao Ministério Público, que requisitou instauração de Inquérito Policial ao titular da 8ª Delegacia Regional da Polícia Civil, Ibanez Ayres da Silva Neto. A prefeitura também ajuizou Ação Civil Pública referente ao caso, a fim de reaver os recursos desviados e obter a condenação dos envolvidos na esfera Civil.

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