Eleições 2018

Opinião - Quem tem pressa come cru, ou não come: Vicentinho e Eduardo Gomes

Por Redação AF
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16/08/2018 16h20 - Atualizado há 5 anos
Carlos Oliveira//Opinião Quero falar aqui de duas virtudes raras na politica hoje em dia, mas que, ainda, fazem a diferença tanto na política quanto na vida: Paciência e Lealdade. Para falar sobre isso vou usar o exemplo de dois candidatos ao Senado pelo Tocantins, Vicentinho (PR) e Eduardo Gomes (Solidariedade), e os desdobramentos do agir de cada um deles. Ambos eram pré-candidatos ao Senado. Vicentinho já havia, inclusive, lançado Ronaldo Dimas como pré-candidato ao Governo do Estado, visando o apoio deste no segundo maior colégio eleitoral do Estado. Eduardo Gomes, de um partido mais modesto e sem mandato, acompanhava a movimentação de seu grupo político enquanto construía a viabilidade de seu nome. A eleição suplementar, que não estava programada, surge como uma oportunidade para consolidar os nomes dos que já pretendiam disputar em outubro.  É neste contexto que as virtudes aparecem em um, Eduardo Gomes, e falta para o outro, Vicentinho. Vicentinho: não teve paciência de esperar Ronaldo Dimas decidir se renunciaria, ou não, para disputar a eleição suplementar e lançou-se como pré-candidato a governador na eleição suplementar. O desdobramento dessa ação foi perder um grande aliado e as urnas mostraram isso, pois em Araguaína ele ficou em quarto no primeiro turno e ainda viu o prefeito desembarcar do PR levando consigo grandes lideranças. Eduardo Gomes: apoiou Vicentinho na eleição suplementar e logo após o primeiro turno os deputados do Solidariedade já estavam no palanque de Mauro Carlesse, ele, porém, permaneceu com o senador até o final, mesmo sabendo que se Vicentinho perdesse a eleição seria seu concorrente na disputa pelo Senado em outubro. Pós-eleição começou outra jornada: a conquista de uma vaga em uma chapa majoritária. Vicentinho se ajeita com Amastha e tem sua vaga garantida. Eduardo Gomes sem conseguir a vaga, e em prol de seu grupo que queria seguir com Carlesse, fica na suplência de Siqueira. Ontem (15/08/2018), em nota, após desistir de disputar o Senado, o ex-governador Siqueira Campos destaca a lealdade de Gomes que o acompanha na vida pública desde os 17 anos. Política se faz com paciência e lealdade.  Paciência para esperar o melhor momento para agir, para saber ouvir, para explicar aos eleitores que nem todos os políticos são iguais e que a política ainda é o melhor caminho para fazer as transformações que a sociedade precisa. Lealdade aos companheiros, ao grupo político ao qual faz parte, aos eleitores que confiaram o voto nele, às instituições. Essas duas virtudes é o que se espera de um político no qual valha a pena votar. Voltando ao título, Vicentinho teve pressa e queimou a largada, Eduardo Gomes foi paciente, porém isso não quer dizer que um vai ganhar e o outro perder. Com a decisão de Siqueira em não ser cabeça de chapa, a eleição está aberta. Que cada candidato saiba usar essas virtudes a seu favor. ______________________ Carlos OliveiraGraduado em Comunicação social – Publicidade e propaganda, Mestrando em Comunicação e Sociedade pela Universidade Federal do Tocantins.

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