Conforme o MPE, a justiça reconheceu que há indícios de autoria do crime. A sentença de pronúncia foi proferida no dia 30 de maio.
Conforme a acusação, o crime teria sido praticado utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e causando perigo comum, ou seja, disparos de arma de fogo em via pública.
Ademael e Genilson já respondem a outras ações penais por diversos crimes, entre eles corrupção, tráfico de drogas e associação criminosa. Eles estão presos desde junho de 2016, e Rafael responde ao processo em liberdade.
Entenda o caso
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, em 2014, os três acusados dedicavam-se à comercialização de veículos "Finan" e extorquiam dinheiro de Luiz James e Wellington Gomes, sob o pretexto de que iriam entregá-los para a polícia, ou acusá-los de crimes diversos.
Após se recusarem a continuar dando dinheiro aos acusados, as vítimas passaram a sofrer ameaças e foram alvos de aproximadamente 20 disparos de arma de fogo em via pública na cidade de Araguaína, próximo ao Hospital Municipal. Nenhum deles atingiu Luiz e Wellington, porque conseguiram fugir do local.
Segundo o Ministério Público, nas investigações, ligações rastreadas demonstraram que os policiais realizaram uma verdadeira ‘caçada’ a Luiz James e a Wellington, que começou ainda na madrugada e se intensificou ao longo do dia 12 de setembro de 2014, até o momento da tentativa de homicídio, por volta das 18h.
Ainda conforme o MPE, apurou-se que o posicionamento geográfico do advogado Rafael também coincidia com o trajeto percorrido pelas vítimas. “Tal fato demonstra o envolvimento dos três acusados, que trocavam entre si dezenas de chamadas telefônicas, antes e logo após a prática do crime”, ressaltou o promotor de justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira na denúncia criminal.
As informações são do Ministério Público Estadual.