Frustrado

Presidente do PSB Jovem entrega cargo e deixa Amastha devido a acordos 'inacreditáveis'

Por Agnaldo Araujo
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24/08/2018 09h22 - Atualizado há 5 anos
Frustrado com as 'inacreditáveis' alianças políticas, o presidente da Juventude Socialista Brasileira (JSB) no Tocantins, Gustavo Lopes Maciel, abandonou o candidato a governador Carlos Amastha (PSB) juntamente com mais nove membros. Os integrantes da JSB também entregaram todos os cargos ocupados nos diretórios e pediram desfiliação do PSB, partido presidido por Amastha. Em carta enviada ao AF Notícias, Gustavo Lopes afirmou que se filiou no PSB há cerca de dois anos com sonhos e diversas promessas, “na esperança de poder fazer a tão sonhada diferença”. No entanto, ele afirmou que o partido no Estado e a nível nacional tomou atitudes contrárias aos seus ideais. No Tocantins, segundo Gustavo Lopes, Amastha realizou acordos que contrariaram o seu próprio discurso. “Assistimos o nosso maior líder, que tanto fez por Palmas, a nossa esperança de dias melhores, fechar acordos inacreditáveis, que vão ao desencontro de tudo o que ele sempre pregou”, afirmou. Gustavo Lopes ainda disse que ‘tudo foi alterado e disfarçado de um dia para outro’ e frisou: “Jamais concordaremos com a velha política feita a portas fechadas sem a participação dos mais interessados, o povo”. Amastha se aliou a quem tanto criticava, o ex-governador cassado Marcelo Miranda (MDB) e o senador Vicentinho Alves (PR). Leia a carta na íntegra "Nos últimos anos, desde que entrei no curso de Direito, me deixei levar pelo espírito sonhador que sempre existiu dentro de mim. O espírito que me impulsionava a querer lutar por justiça social, por igualdade e por representatividade verdadeira.  Neste sentido, adentrei nos quadros do Partido Socialista Brasileiro - PSB há cerca de 2 anos. Neste período tive a honra, desde Setembro/2017, de estar como Presidente da Juventude Socialista Brasileira no Tocantins. Assumi este compromisso com mais sonhos ainda e diversas promessas, na esperança de poder fazer a tão sonhada diferença, estando a frente de um partido que tem no sangue os ideais de Miguel Arraes, João Mangabeira e Eduardo Campos.  Não foram poucas as lutas, não foram poucas as vezes que quis desistir, mas tive a sorte de ter ao meu lado companheiros ilustres que, assim como eu, tinham nos seus ideais a energia de continuar lutando. Tenho a honra de dizer que nos últimos 2 anos eu ajudei a construir o meu partido a nível municipal, estadual e nacional. Participei ativamente de toda a organização partidária, o que me dá hoje o direito de poder fazer críticas construtivas.  Nos últimos meses, quando da definição dos apoios eleitorais, o PSB a nível estadual e nacional tomaram atitudes que vão em sentido contrário a tudo aquilo que eu tão apaixonado, aplaudi de forma eufórica no nosso Congresso Nacional.  Assistimos o partido a nível nacional realizar reuniões fechadas que rifaram candidaturas como a de Márcio Lacerda, ex-prefeito de BH. Assistimos o partido optar pela neutralidade nas eleições mais incertas desde a redemocratização, onde o país pode eleger um candidato que não defende a democracia. A nível estadual assistimos o nosso maior líder, que tanto fez por Palmas, a nossa esperança de dias melhores, fechar acordos inacreditáveis, que iam em desencontro a tudo o que ele sempre pregou. Atitudes que não pareciam ser daquele que mudou a educação e a saúde de Palmas.  De um dia para a noite tudo foi alterado e foi disfarçado a qualquer custo. Felizmente, nossos ideais não se mudam assim. Felizmente nossos sonhos não são adaptáveis. Infelizmente, a política ainda não é para todos.  Nesse sentido, não existe a possibilidade de continuarmos lutando, sonhando e compondo dentro de um coletivo que na hora das eleições, andou na contramão de tudo o que defendemos.  Hoje pedimos o afastamento oficial de todas as nossas atividades junto ao PSB, e entregamos todos os cargos que ocupamos nos diretórios Estadual do PSB Tocantins e no Diretório do PSB Palmas. Nos afastamos com o coração partido, mas com a certeza que sempre seremos movidos pela vontade de fazer diferente, de lutar por uma política que represente a todos. Jamais concordaremos com a velha política feita a portas fechadas sem a participação dos mais interessados, o povo.  Nunca iremos tratar com normalidade o caos pelo qual nosso país e estado passam hoje, pois sabemos que ele é fruto de uma crise política gerada por aqueles que foram eleitos pelo povo, mas que representam apenas seus interesses. Esperamos que um dia o PSB volte a ter um líder com tanta coragem e poder de unificação quanto Eduardo Campos, mas que enquanto isso não ocorra, que o partido como um todo volte a ter a coragem de defender os seus ideais norteadores. Que o PSB volte a estar do lado do povo não só nos discursos, mas também quando da tomada de decisões importantes, ou seja, da definição de apoios e palanques para quais sejam as eleições.  Diante do exposto, eu e as demais pessoas que assinam esta nota solicitamos deferimento do nosso pedido de desfiliação do PSB TO. Alguns signatários da nota mesmo não sendo filiados, comporam o partido e a JSB conosco, e seguem a mesma linha de raciocínio". Respeitosamente, Gustavo Lopes Maciel Presidente da JSB Tocantins Assinam coletivamente esta carta Marcos Jhones Gomes dos Santos Bruna Raquel Freitas Cândido Abner Victor de Lara Brelaz Camila Rodrigues de Matos (Diretora de Cultura e Formação Política do Diretório PSB Palmas) Luiz Fernando Moreira Aguiar Parrião Talia de Sousa Soares Francisco David Gomes de carvalho Rafaela Barcellos de Oliveira Vieira

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