Por - Emílio Lopes Demorou, mas a pressão popular falou mais alto para que o trâmite do Projeto de Lei de iniciativa popular de Gurupi (TO) sobre os benefícios e salários dos vereadores pudesse avançar rumo a sua possível apreciação e aprovação. A mobilização e o acompanhamento da proposta na Câmara tem sido ampliados com ações intensivas a cada semana. São reuniões semanais e onde o movimento Participa Gurupi tem redobrado a vigilância sobre o posicionamento da Câmara diante da acolhida e o trâmite da proposta usando até mesmo da panfletagem nas ruas, dos canais de TV e do rádio. Sem falar do uso permanente das redes sociais onde há um considerável número de apoiadores e simpatizantes da causa. O objetivo, segundo o líder do movimento, Jaime Xavier, é avançar para que a sociedade gurupiense tenha um respaldo digno ainda nesse último mês do ano para em seguida ampliar a outra etapa que é fazer valer a proposta. “Nosso grupo é atuante nas redes sociais e nas reuniões pontuais para traçar nossas ações”, ressaltou Xavier Essa semana, o PL foi ao plenário e recebeu assinaturas dos vereadores Gleydson Nato (PHS) e Walter Júnior (PSDB). Foi escolhido como  relator, o vereador Dr. Macedo (PMDB) que terá 10 dias para emitir seu parecer. O próximo passo será sua análise pelas Comissões de Legislação, Justiça e Redação Final e de Finanças, Orçamento e Fiscalização, que irão manifestar sobre a rejeição ou aprovação do Projeto de Lei. Repercussão em Araguaína Em meio à coerência da causa e da mobilização do Movimento Participa Gurupi, grandes entidades do Estado têm feito iniciativas no sentido de cobrar mais efetividade dos vereadores. É o caso de Araguaína, segunda maior cidade do Tocantins, com uma Câmara ocupada por 17 parlamentares que tem um gasto bastante significativo para a sociedade e que também desperta revolta no cidadão quanto ao custo e a leniência e subserviência dos vereadores. Entidade cobra efetividade e menos subserviência Recentemente, a Associação Comercial e Industrial de Araguaína realizou uma reunião com a presença de todos os vereadores eleitos para cobrar mais empenho e menos subserviência. No encontro, foram questionados ainda os salários e a parcialidade com relação à administração de cada um, assim como também a criação de um observatório social, um órgão apolítico que pretende acompanhar mais de perto a atuação de cada parlamentar do município. Participa Gurupi e sua causa inicial O movimento surgiu de um grupo de pessoas em conversas sobre política local. Em seguida foi formando um movimento para acompanhar a atuação da Câmara na cidade. Já o primeiro Projeto de Lei de iniciativa popular da história da Câmara de Gurupi  visa excluir cartão de abastecimento no valor de R$ 1.500,00, proibir locação de veículos para os vereadores no valor de R$ 3.900,00 mensal cada e reduzir os salários dos vereadores de R$ 7.965,00 para R$ 2.200,00. Sobre o autor Emílio Lopes atua na imprensa desde 2005. É graduado em História pela UFT, escritor e trabalha na Academia de Letras de Gurupi e integra a coordenação do movimento Participa Gurupi.