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Secretário descarta risco de epidemia de malária e diz que doença está controlada

Por Agnaldo Araujo
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26/07/2017 10h41 - Atualizado há 5 anos
Apesar de 58 casos de malária terem sido registrados em 2017 no Tocantins, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que a doença está sob controle. Os casos foram registrados de janeiro a julho, sendo a maioria no extremo-norte do Estado. Os casos representam apenas 0,1% de todos os registrados na região Amazônica, segundo a Sesau. O Governo reforçou sua preocupação de manter a vigilância, a notificação e o tratamento dos casos registrados, fazendo com que a doença fique sob controle em todo o Estado De acordo com dados da Saúde, até o momento, as cidades de Araguatins, Augustinópolis, Palmas, Guaraí e Pequizeiro tiveram notificação positiva da doença. Segundo levantamento feito pela Secretaria, dos 58 casos registrados, 43,1% são “importados”. Isto é, os pacientes adoeceram em outros estados/países e buscaram atendimento nas cidades tocantinenses. Desde o início do ano, época dos primeiros casos notificados, o Governo do Tocantins realizou capacitações para todos os profissionais que atuam nas ações de vigilância e controle da malária em Araguatins e outros 23 municípios tocantinenses. Para o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, ao identificar os sintomas da doença, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde imediatamente. O secretário destaca a importância da consciência da população, não apenas em buscar o tratamento, como também em atuar no combate aos focos do mosquito. Marcos Musafir ressalta: “não há risco de epidemia de malária no Tocantins. Está tudo sob controle, pois contamos com uma equipe capacitada, além do apoio das equipes de saúde dos municípios tocantinenses”, afirmou. Os sintomas mais recorrentes da doença são calafrios, febre alta e contínua, dores de cabeça e musculares. Registros De acordo com o biólogo Marco Aurélio de Oliveira Martins, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Malária, dos casos registrados no município de Araguatins, com 49 notificações, 18 são oriundos de outros estados. “Aquela região é uma transição de biomas, do Cerrado para a Floresta Amazônica. Então, existem condições ambientais e climáticas favoráveis para o aumento do principal vetor da doença, que é o mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego, o que favorece o risco de transmissão”, afirmou. Ainda de acordo com o responsável técnico, desde 2012, o Tocantins não registra nenhum óbito da doença. “Todos os municípios tocantinenses possuem condições de realizar o diagnóstico e o tratamento, que é disponibilizado apenas pelo SUS”, ressaltou. Prevenção Até o momento, não existe vacina para combater a malária. A prevenção da doença é realizada por meio da utilização de repelentes à base do composto químico icaridina, camisas de manga longa e calças, além de evitar exposição a ambientes naturais ao nascer e pôr do sol. Números da malária no Brasil Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a maio deste ano, foram registrados no país 56.918 casos. Deste total, o Tocantins figura em último lugar nos números de confirmações da doença na Região Norte do Brasil, o que corresponde a 0,1% dos casos notificados na região amazônica. Casos registrados no Tocantins Em Araguatins, foram 49 casos. Por sua vez, Augustinópolis teve quatro casos; Palmas, com três casos; Pequizeiro, um caso; e Guaraí, também com um caso.

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