Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Público Municipal de Paraíso do Tocantins (SIMPA), os servidores do quadro da saúde, educação e quadro geral, deliberaram por greve geral a partir da próxima segunda-feira (29/08), quando farão uma paralisação com manifestações pacíficas. A assembleia foi realizada na última quinta-feira (25/08), na Câmara Municipal da cidade.
A principal reivindicação, segundo os servidores, é o pagamento do interstício entre classes, um percentual pago toda vez que eles progridem na carreira, o que acontece a cada dois anos (devidos desde novembro de 2015), bem como o cumprimento das regras especiais dos Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCRs), onde para alguns servidores este interstício diminui para 02 e 03 anos (devidos desde novembro de 2013 e 2014, respectivamente); também reivindicam o enquadramento e insalubridade a alguns servidores, devidos desde novembro de 2011. Outro ponto defendido é a reposição inflacionária anual tendo como meses de referência março/abril, que segundo os servidores, é na média de mais de 13%, já que no mês de maio a Lei do reajuste já deveria estar aprovada para que os vencimentos fossem pagos com a devida correção. Os valores dizem respeito a dispositivo legal do Plano de Cargos e Carreiras e Regime Jurídico. De acordo com informações repassadas pelos trabalhadores, o Governo Municipal não deu sinal de quando irá pagar esses valores de direito, sendo que apenas encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei com índice menor que o devido, sem mencionar sobre como e quando irá pagar os retroativos e ainda atrelando-os à Lei do reajuste a outros projetos de Lei de remanejo. As perdas salariais dos servidores ultrapassam o percentual de 30%.
Ainda segundo os servidores, a expectativa era a de que o prefeito encaminhasse alguma proposta para negociação, o que não aconteceu.
"Começamos a negociação com o governo no início do seu mandato, ou seja, há quase 04 anos, sempre encaminhando ofícios, fazendo reuniões com pauta de reivindicações, sendo que a única concessão durante seu governo foi a progressão horizontal de 2013, a qual os servidores ainda tiveram que aceitar um parcelamento em 18 vezes dos retroativos, valores que ainda estão sendo pagos em pequenas parcelas. O governo reiteradamente informa que não tem verbas para cumprir a lei dos PCCRs dos servidores porém, segundo informações da Câmara, a máquina pública está inchada de contratos e não realiza concurso público, embora cobrado pelo Sindicato”, explicou Meiryane Pereira Rodrigues, presidente do sindicato dos servidores. Ela disse ainda que houve recomendação para aguardar. “
A advogada falou para aguardarmos, mas os servidores, de forma unânime, manifestaram que não dá mais para esperar e suportar tanto descaso e prejuízos", informou. Assim, os servidores deliberaram por unanimidade que na segunda, 29, farão paralisação das atividades, com movimento pacífico na praça cabo Luzimar com passeata pela cidade, a fim de sensibilizar a gestão municipal a pagar o que é de direito aos servidores. (Assessoria SIMPA)