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Doença mental, obesidade e câncer: Veja 10 motivos para deixar crianças longe dos celulares

O objetivo da OMS é o de fazer com que as crianças desenvolvam hábitos saudáveis o mais cedo possível.

Por Márcia Costa 1.593
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14/11/2019 14h17 - Atualizado há 4 anos
Crianças usando celular

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recomendações que pontuam o quanto de atividades físicas e quanto de descanso as crianças abaixo de cinco anos devem ter de modo que elas fiquem o mais saudável possível. E isso inclui o uso de celulares e tablets.

Essas recomendações incluem limites bastante restritivos do tempo de uso de dispositivos móveis, particularmente para os menores de dois anos. Os pequenos nessa faixa etária devem evitar a qualquer custo o uso desses dispositivos. Crianças entre dois e cinco anos podem utilizar os aparelhos por, no máximo, uma hora.

Essas diretrizes parecem refletir a mudança na maneira de pensar sobre os riscos do uso desses aparelhos, com a Associação Americana de Pediatria dizendo que a qualidade do que as crianças assistem, ou se elas estão interagindo com os pais enquanto assistem, é mais importante que o tempo de utilização.

O objetivo da OMS é o de fazer com que as crianças desenvolvam hábitos saudáveis o mais cedo possível. “O que nós realmente queremos é trazer de volta as brincadeiras para as crianças”, afirmou Juana Willumsen, encarregada da área de obesidade e atividade física infantil na OMS, em um comunicado.

A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria revelam 10 razões pelas quais crianças menores de 12 anos não devem utilizar esses aparelhos eletrônicos sem controle.

Eles afirmam que os bebês entre 0 e 2 anos não devem ter contato algum com a tecnologia; entre os 3 e 5 anos, deve ser restringido a uma hora por dia; já de 6 a 18 anos, a restrição deveria ser de duas horas por dia. 

Por que limitar o acesso das crianças aos celulares ou tablets?

1 – Desenvolvimento cerebral das crianças 

Um desenvolvimento cerebral causado pela exposição excessiva às tecnologias pode acelerar o crescimento do cérebro dos bebês entre 0 e 2 anos de idade, e, juntamente com a função executiva e o déficit de atenção, gerar atrasos cognitivos, problemas na aprendizagem, aumento da impulsividade e da falta de controle (birras). 

2 – Atraso no desenvolvimento da criança 

O excessivo uso das tecnologias pode limitar o movimento e consequentemente o rendimento acadêmico, a alfabetização, a atenção e capacidades.

3 – Obesidade infantil 

O sedentarismo que implica o uso das tecnologias é um problema que está aumentando entre as crianças. Obesidade leva a problemas de saúde como o diabetes, problemas vasculares e cardíacos.

4 – Alterações do sono infantil 

Os estudos revelam que a maioria dos pais não supervisiona o uso da tecnologia pelos seus filhos nos seus quartos. Isso faz com que seus filhos tenham mais dificuldades para conciliar o sono. A falta de sono afetará negativamente seu rendimento escolar. 

5 – Doença mental 

Alguns estudos comprovam que o uso excessivo das novas tecnologias está aumentando as taxas de depressão e ansiedade infantil, distúrbios do processo de vinculação entre pais e filhos, déficit de atenção, transtorno bipolar, psicose e outros problemas de conduta infantil. 

6 – Condutas agressivas na infância 

A exposição das crianças a conteúdos violentos e agressivos pode alterar sua conduta. As crianças imitam tudo e a todos.

7 – Falta ou déficit de atenção 

O uso excessivo das novas tecnologias pode contribuir para o déficit de atenção, diminuir a concentração e a memória das crianças, graças à grande velocidade dos seus conteúdos. 

8 – Vício infantil 

Os estudos demonstram que uma em cada 11 crianças são viciadas às novas tecnologias. Cada vez que as crianças usam os dispositivos móveis, elas se distanciam do seu meio, de amigos e familiares.

9 – Muita radiação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os celulares como um risco na emissão de radiação. As crianças são mais sensíveis a esses agentes e existe o risco maior de contrair doenças como o câncer. 

10 – Superexposição 

A constante e superexposição das crianças à tecnologia as tornam vulneráveis, sujeitas a serem exploradas e expostas a abusos. 

Além disso, os especialistas concordam que ficar horas conectadas ao celular ou tablet é prejudicial ao desenvolvimento das crianças. Os estudiosos acreditam que geram crianças mais passivas e que não sabem interagir ou ter contato físico com outras pessoas.

E ainda que entendam que as novas tecnologias façam parte da sua vida, eles acreditam que não devem substituir a leitura de um livro ou o tempo de brincadeira com irmãos, pais e amigos.

(Olhar Digital e BR.guiainfantil)

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