Venezuela

Fim do chavismo? Maduro terá que aceitar a derrota nas eleições, diz oposição venezuelana

Edmundo González Urrutia promete governar para todos.

Por Nicole Almeida
Comentários (0)

26/07/2024 09h45 - Atualizado há 4 horas
Fim do chavismo? Maduro terá que aceitar a derrota nas eleições, diz oposição

Nicolás Maduro terá que aceitar a derrota na Venezuela. Essa é a opinião de Edmundo González Urrutia, candidato da oposição. Representando a coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática, González, de 74 anos, promete governar para todos os venezuelanos caso vença Maduro nas eleições de domingo.

Ex-embaixador, mestre em relações internacionais e autor de 25 obras, ele conta com amplo apoio da ex-deputada liberal María Corina Machado.

Contexto político e expectativas

A Venezuela enfrenta um momento crítico, com 25 anos de chavismo chegando ao possível fim. González Urrutia, otimista, acredita que as pesquisas sérias indicam uma ampla maioria a seu favor. Ele afirma que Maduro terá que aceitar a derrota e iniciar uma transição pacífica. Nos últimos dias, Maduro ameaçou com um "banho de sangue" e "guerra civil" caso seu projeto político seja barrado nas urnas, elevando as tensões e preocupações internacionais.

Desafios e reconstrução

A tarefa de reconstruir a Venezuela não será fácil. González Urrutia reconhece que haverá desafios econômicos, morais e sociais. Ele promete respeitar a Constituição, libertar presos políticos e implementar um programa econômico que gere confiança e supere a crise atual. Sua visão é de um governo que respeite o Estado de Direito e trabalhe para todos os venezuelanos, sem exceções.

Populismo e confiança

A mudança do legado populista de Chávez e Maduro será um dos grandes desafios. González Urrutia pretende manter as políticas positivas e mudar o que for necessário para gerar confiança nos setores produtivos nacionais e em investimentos estrangeiros. Ele garante que não haverá perseguições ou vinganças, deixando as instâncias legais responsáveis por lidar com as violações cometidas pelo regime anterior.

Pressão internacional e apoio regional

A pressão internacional tem sido crucial. O presidente Lula do Brasil, por exemplo, exerceu influência significativa, incentivando Maduro a reconhecer a candidatura de González Urrutia. Outros líderes regionais, como o chanceler colombiano Luis Gilberto Murillo e o presidente chileno Gabriel Boric, também desempenharam papéis importantes. A ação dos Estados Unidos, ao costurar o Acordo de Barbados, foi determinante para a realização das eleições.

Reflexão e futuro da Venezuela

Maduro terá que aceitar a derrota e pensar no futuro político do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Ações perigosas e suicidas podem ter consequências desastrosas para o PSUV e para o presidente. A expectativa é que a pressão internacional e o desejo de mudança dos venezuelanos resultem em uma transição pacífica e democrática.

Fonte: Correio Braziliense

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.