Mário Gomes

Mansão não era de Mário Gomes desde 2011 e agora pertence a servidores públicos: entenda

Leiloado em 2011 por R$ 720 mil, imóvel valeria hoje R$ 12 milhões, segundo corretores.

Por Nicole Almeida
Comentários (0)

18/09/2024 10h41 - Atualizado há 2 horas
Mansão já não era de Mário Gomes desde 2011 e agora pertence a servidores públicos: entenda

A história envolvendo o ator Mário Gomes e a sua mansão na Joatinga, Zona Oeste do Rio de Janeiro, revela o impacto de dívidas trabalhistas e de como elas podem resultar em situações complexas e duradouras. A ordem de despejo recebida pelo ator no dia 16 de uma segunda-feira não foi algo repentino, mas o capítulo final de um longo processo que começou há mais de uma década.

A mansão, leiloada judicialmente em 2011 para quitar uma dívida trabalhista, já não pertencia ao ator há 13 anos. O leilão foi consequência de um processo envolvendo sua empresa de confecções, que funcionava entre 1997 e 2005 no Paraná. O valor arrecadado, R$ 720 mil, não foi suficiente para cobrir toda a dívida de R$ 923 mil. Hoje, segundo corretores, o imóvel deteriorado teria um valor de mercado em torno de R$ 12 milhões, devido à sua localização e características.

Como Mário Gomes perdeu a mansão?

Mário Gomes se viu envolvido em uma disputa trabalhista com 84 costureiras que trabalharam para sua empresa, a Mário Gomes Indústria e Comércio De Confecções LTDA. Entre 1997 e 2005, a empresa operava no Paraná e chegou a empregar mais de 100 pessoas. No entanto, ao longo dos anos, a empresa acumulou dívidas trabalhistas, levando os funcionários a buscarem seus direitos na Justiça. Em 2011, a Justiça determinou a penhora e posterior leilão da mansão de Mário Gomes para quitar parte dessas dívidas.

A casa foi arrematada pela Associação dos Servidores Públicos Auxiliares dos Governos da União, dos Estados e dos Municípios (ASPAG), que venceu o leilão realizado em abril de 2011. Apesar de ser oficialmente a nova proprietária, a associação enfrentou obstáculos ao tentar tomar posse do imóvel, devido a recursos movidos pelo ator e sua esposa, Raquel Palma.

O que motivou o leilão judicial?

O leilão judicial de um imóvel ocorre quando o proprietário acumula dívidas e não cumpre com suas obrigações financeiras. No caso de Mário Gomes, o motivo foi a dívida trabalhista acumulada pela sua empresa. Segundo o especialista em leilões Pierre Henriques, o processo é bastante criterioso. Primeiro, o imóvel é penhorado, avaliado e o devedor tem a oportunidade de contestar. Em seguida, um leiloeiro é nomeado para realizar o leilão, com ampla divulgação. Depois da arrematação, há um prazo para recursos e, se não houver contestações, o novo proprietário pode tomar posse legal do bem.

A mansão de Mário Gomes foi leiloada por R$ 720 mil, valor abaixo da avaliação original de R$ 1,5 milhão, para quitar parte da dívida de R$ 923 mil que ele tinha com as costureiras. Esse valor, porém, não refletia o potencial real do imóvel, que, se fosse vendido hoje em melhores condições, poderia valer R$ 12 milhões.

A situação atual da mansão

O estado atual da mansão reflete o abandono e a falta de manutenção ao longo dos anos. Ao caminhar pela entrada da casa, é visível a grande quantidade de entulho e a vegetação alta que toma conta do terreno. A casa, que oferece uma vista deslumbrante do mar e está localizada em uma das regiões mais nobres da Joatinga, sofre com o desgaste do tempo e a falta de reparos desde o leilão de 2011.

Apesar de Mário Gomes ter lutado para manter o imóvel, com uma série de recursos judiciais, ele e sua família finalmente tiveram que deixar a mansão em 2024. Em vídeos postados nas redes sociais, o ator expressou sua dor e frustração com a situação, dizendo que tudo o que ele havia conquistado lhe foi tirado.

O que podemos aprender com esse caso?

O caso de Mário Gomes levanta questões importantes sobre a vulnerabilidade financeira, especialmente quando dívidas são acumuladas ao longo do tempo e não há um plano para quitá-las. A penhora de imóveis e o leilão judicial são práticas comuns em processos de execução, principalmente em dívidas trabalhistas, como aconteceu com Mário.

Além disso, a história serve como um lembrete de que, independentemente do status social ou das conquistas passadas, situações financeiras mal administradas podem resultar em perdas significativas, como a de um bem de família. Isso também mostra a importância de estar atento aos processos judiciais e às consequências que eles podem ter a longo prazo.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.