Saúde

Pilates na terceira idade: menos quedas e dores musculares, diz fisioterapeuta Soraya Skaf

O pilates proporciona uma relevante diminuição no número de quedas e dores.

Por Soraya Couto Skaf
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19/08/2020 08h59 - Atualizado há 3 anos
Soraya Couto Skaf é fisioterapeuta e diretora da CURE – Clínica Unificada de Reabilitação

A população idosa vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Projeções indicam que em 2060 em torno de 25% deste contingente terá 60 anos ou mais.

Esse crescimento não é percebido apenas aqui no país, mas em todo o mundo, resultado de conquistas socioeconômicas obtidas nas últimas décadas que se refletiram, por exemplo, em avanços na medicina.

Com o passar dos anos, nosso corpo tende a apresentar mudanças físicas e cognitivas, como resposta a um envelhecimento natural das estruturas anatômicas.

Dores articulares e musculares são extremamente comuns e estão entre as principais queixas, porém não podem ser negligenciadas. Distúrbios de atenção, concentração, reflexos e equilíbrio também são comumente encontrados e estão intimamente relacionados com as tão temidas quedas.

Idosos necessitam de uma atenção especial, de um acompanhamento cauteloso multiprofissional, que normalmente costuma envolver médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, entre outros.

Consenso entre todos os profissionais, a realização de atividades físicas, em todas as idades, promove o bem-estar físico e psicológico dos praticantes. Idosos devem buscar atividades que evitem impactos e sejam de baixa carga, se possível com acompanhamento de um especialista.

O pilates é uma atividade física que envolve respiração, concentração, fortalecimento muscular e alongamentos. As aulas, em sua maioria, são ministradas para pequenos grupos, com exercícios direcionados, personalizados e sem impactos e excesso de carga. 

Os idosos têm buscado cada vez mais esta atividade física, muitas vezes por indicação de médicos geriatras, ortopedistas e clínicos gerais, com o objetivo de prevenir e tratar lesões. Os benefícios são inúmeros. 

O pilates é único, porque exercita sistematicamente todos os grupos musculares do corpo. Torna o idoso mais forte e flexível e menos propenso a cair, pois estimula o corpo a usar todos os músculos e ligamentos.

Ao fortalecer músculos maiores e menores e mais profundos, pode-se esperar uma melhor harmonia global do corpo. Na terceira idade, isso significa menos dores, maior amplitude de movimento e menos quedas.

Com o exercício de pilates para idosos, o "Core" ou o centro do seu corpo precisa ser o seu foco. Por fim, todos os movimentos e exercícios para o idoso, especialmente a caminhada, devem ser iniciados estabilizando primeiro o Core do corpo, o que envolve contrair os músculos abdominais profundos.

O objetivo é organizar o corpo de modo que a coluna esteja estável e os músculos abdominais, firmes; os membros, ativos e apoiados; os pés, móveis; e a respiração, consciente e regular. O pilates contribuirá para uma velocidade de marcha melhorada, relaxada e mais fluida. O treinamento, em aulas ou aparelhos, deve ser realizado sempre com o acompanhamento de um fisioterapeuta e com, no máximo, dois alunos por sessão, visto que a individualidade de cada pessoa da terceira idade deve ser respeitada.

O pilates proporciona uma relevante diminuição no número de quedas e queixas dolorosas em idosos que o praticam. O método é considerado uma atividade que estimula o âmbito cognitivo do aluno, trazendo, portanto, benefícios de concentração, memória e atenção.

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Soraya Couto Skaf - fisioterapeuta, é diretora da CURE – Clínica Unificada de Reabilitação– Fisioterapia e Pilates, especializada na prevenção e no tratamento de lesões ortopédicas. (curefisioterapia.com.br)

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