A situação no Líbano é preocupante devido às tensões entre Israel e Hezbollah.
A situação é preocupante. A missão da ONU no Líbano, conhecida como Unifil, expressou preocupação diante das crescentes ameaças de uma guerra em grande escala entre Israel e o grupo libanês Hezbollah. Esse grupo, aliado do Irã e do Hamas, está no centro das tensões na região. A situação se agravou no último domingo, 28 de julho, com um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah, resultando na morte de 12 crianças e adolescentes nas Colinas de Golã, território disputado entre Israel e Síria.
A Resolução nº 1701 da ONU, disse o porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti, “é descrita por todos como a única que pode trazer estabilidade ao sul do Líbano”. Esta resolução, que deu origem à missão Unifil, é vista como um instrumento crucial para avançar no processo de paz. A resolução 1701 visa cessar as hostilidades, facilitar o acesso humanitário e permitir o retorno seguro dos deslocados.
Nos círculos diplomáticos e políticos de Beirute, discute-se uma solução de curto prazo para conter a violência entre Hezbollah e Israel e outra de longo prazo, negociada por potências estrangeiras. Enquanto isso, as atividades de patrulha da missão da ONU continuam normalmente. Tenenti afirmou que a missão está comprometida em encontrar soluções e mantém intensa comunicação com as partes envolvidas e com os principais países que trabalham para o fim das hostilidades no sul do Líbano.
O comando da Unifil, liderado pelo general espanhol Aroldo Lazaro, tem trabalhado secretamente durante anos para o sucesso das negociações. Desde 2007, reuniões trilaterais com oficiais israelenses e libaneses foram organizadas. Fortalecido por esse capital de confiança, o general Lazaro está em contato contínuo com os exércitos dos dois países. Os esforços de mediação passam por Amos Hochstein, que foi o artífice do acordo histórico assinado em outubro de 2022 entre Líbano e Israel para a partilha dos recursos energéticos no litoral dos dois países.
Com a renovação anual do mandato da missão prevista para daqui a um mês, as atenções estão voltadas para o Hezbollah. As semanas anteriores à renovação geralmente são marcadas por um aumento na disputa retórica, com alguns países ocidentais pedindo que a Unifil desarme o grupo xiita à força, enquanto grupos libaneses acusam a força de paz de estar a serviço de Israel. “Somente através da resolução 1701 poderemos tentar avançar no processo de paz”, concluiu Tenenti.
A situação no Líbano é complexa e delicada. A presença da Unifil, embora crucial, enfrenta desafios significativos para manter a paz e a estabilidade na região. A resolução 1701 da ONU é um farol de esperança, mas a implementação eficaz depende da cooperação de todas as partes envolvidas. A comunidade internacional deve continuar a apoiar os esforços de mediação e buscar soluções duradouras para evitar uma escalada de violência.
Fote: ANSA